Dilma corre risco em caso de 2º turno, diz Duda - TopicsExpress



          

Dilma corre risco em caso de 2º turno, diz Duda Mendonça 16/06/2013 POLÍTICA 0 Da Folha de São Paulo Depois de um longo período sem se manifestar sobre marketing político, o publicitário Duda Mendonça voltou a falar. Absolvido no processo do mensalão e com seus bens liberados pela Justiça, ele falou com exclusividade ao “Poder e Política”, programa da Folha e do UOL, sobre cenários para 2014. Para Duda, a presidente Dilma Rousseff é a favorita para se reeleger no ano que vem. Mas e se houver segundo turno? “Eu acho um risco para a Dilma”. Do seu jeito, ele explica: “Para quem está hoje com 70% de popularidade, não faz sentido não ganhar no primeiro turno. Significa que tem alguma coisa que está mexendo aí”. Ele se refere à taxa da aprovação pessoal da presidente em algumas pesquisas. No Datafolha, a administração dilmista é aprovada por 57%. Duda está com 68 anos. “Eu amadureci”, diz. Os últimos sete anos foram consumidos em grande parte para se livrar do processo do mensalão. Agora, ele tem negócios no Brasil, em Portugal e na Polônia. Deve voltar a campanhas políticas no ano que vem. Pode ser o marqueteiro de Paulo Skaf, da Fiesp, que pretende disputar o governo de São Paulo pelo PMDB. Duda enxerga como “risco maior” para Dilma na corrida presidencial o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Por quê? “Ele é realmente novo. Ele é a surpresa. O Aécio [Neves] já tem muito tempo aí. A Marina [Silva] também. Já não são novidades”. Marqueteiro que elegeu Paulo Maluf prefeito de São Paulo (em 1992) e Luiz Inácio Lula da Silva presidente (em 2002), Duda enxerga nas manifestações de rua de São Paulo e em outras capitais uma insatisfação difusa da população, “ainda mais quando tem uma eleição de presidente por trás”. “Não estou dizendo que tem um cunho eleitoral”, diz ele. Mas “a eleição é uma coisa que mexe muito com o país. Mexe muito com as pessoas pobres. Mistura tudo. É uma emoção só”. Mesmo que o país esteja hoje melhor do que há 10 ou 20 anos? “Depois de quatro anos, depois de oito anos, as pessoas se habituam com as conquistas. Querem outras. Na hora que elas sentem que qualquer coisa mexeu, elas esquecem um pouco tudo de bom que elas ganharam. Querem mais”. Desde 2005, quando deu um depoimento bombástico na CPI que apurou o mensalão, revelando ter recebido dinheiro no exterior, Duda nunca mais falou com Lula. “Se houver um momento em que a gente possa sentar, bater uma bola, tomar uma cerveja, é óbvio que eu gostaria”, diz. “Mas não basta eu gostar. Precisa ele gostar também”, diz. “A vida dele levou para um rumo, a minha levou para outro”. A seguir, trechos da entrevista, concedida no último dia 12: Folha/UOL – Como está a sua saúde? Duda Mendonça – Está bem. Atravessei momentos delicados. Tive um problema no olho. Meu médico achou que devia fazer uma ligeira intervenção de laser. Um olho está já bem direitinho, limpinho. O outro, não. Há tempos eu fiz [a operação a] laser para deixar de ter óculos. Ele [o médico] fez um olho para longe e um olho para perto. Eu tenho um olho para [ver de] longe e um olho para perto. Funciona maravilhosamente bem. Há 13 anos que não uso óculos nem para longe nem para perto. Tudo funciona bem. Agora, começou a dar irritação. Um tipo de vermelhão. E aí, ele [o médico] resolveu fazer uma ligeira intervenção. Há alguns anos, houve um problema no coração mais sério? Muito grave. Não cheguei a ter um infarto. Mas, com as agonias todas desses últimos tempos, seis, cinco anos atrás, fui parar no Sírio [Hospital Sírio Libanês, em São Paulo]. Não cheguei a ter infarto, mas acabei botando duas pontes de safena e duas mamárias. E nunca mais teve problema no coração? Graças a Deus, não. Não cheguei a ter infarto. Deus me ajudou, passou. De lá para cá, tenho estado muito bem. Qual é a sua leitura sobre essas manifestações de rua nos grandes centros, sobretudo em São Paulo, contra o aumento da passagem de ônibus? Isso é a democracia. As pessoas têm o direito de se manifestar contra aquilo que acham errado, contra aquilo que incomoda. Contra aquilo que bate no bolso, sobretudo. Agora, é lógico que sempre no período de eleição essas coisas ganham uma dimensão… Mas a eleição não é só no ano que vem? Não. A eleição está na rua. É só você ler os jornais. Pega a Folha para você ver. A eleição está na rua. Ainda mais quando tem uma eleição de presidente por trás. Acelera a eleição de governador, acelera a eleição de deputado. Então, o calor está na rua. Fonte: robertlobato.br/dilma-corre-risco-em-caso-de-2o-turno-diz-duda-mendonca/
Posted on: Sun, 16 Jun 2013 16:26:46 +0000

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