Domingo à Tarde em Maria da Fé (Este poema não é sobre domingo à tarde em Maria da Fé) Sobre suas tristes tentativas, sob o sol, suas investidas atrás de, digamos, amor. - aquele trabalhão todo! Os dissabores sabidos no vai e vem destas ruas. O que a pracinha não promete. Construções na Rua Dom Bosco e Inauguramos Tristeza Nova! Chegamos àqueles finais de rua com um começo de poeira a indicar o rumo da Zona Rural, onde a tristeza por certo pasta toda brachiaria, tanta igrejinha fechada com aquele pé de hortência empoeirado atrás de um arame enferrujado. Estradas por onde uma bicicleta triste desceu Chorando o tristonho caminho da missa. Do muro do Matadouro ao trevo da Laje, nos cega o brilho da Total Impossibilidade de Rumos! Um sobrevôo e veríamos dois ou três casais cansados? Cercas? Moitas? Ruas abertas para chegarmos com muito mais conforto a? As duas cores de pernas correndo no estádio do Coronel? Neste sem nuvens, um sol danado é bola farta de nos mostrar Isto! É fácil ouvir o conversório quieto lá no alto do cemitério e na matriz fechada. Alguém acabou de perder a vontade de ir para Itajubá, a velhinha abriu a sombrinha e sonhou nesta esquina a pessoa que ela foi nesta esquina. Duvido que alguém tenha acabado de conceber, escrever um poema ou recebido e-mail de amores novíssimos. Aviso, também, que o velório está fechado. Com suas roupas melhores, caras ensaboadas para tentar o Novo, seis amigos saíram para fingir o que fazer. Descerão ruas pra caramba e vão beber vinho ordinário. As meninas maturam suas pernas subindo o Escadão. Acabou a missa, acabou o domingo se desculpam os locais com o casal de turistas. Fechado o bazar das interjeições felizes, fenece o sui generis. Como se de repente, à mesa fodida de um bar, alguém fizesse a proposta e todos acatassem: Vamos sofrer um domingo amanhã? Não! Não há guitarra, bateria e baixo, nem backs bonitas. Não há prostitutas bonitas para o Manuel namorar. Só este cansaço. A crise do comerciozinho e ele - este cansaço. Domingo feito destas horas danadas, de duas portas e três janelas, de duas pingas e três cervejas, de vinte carros e, vai entender, daquele cavaleiro... de um riozinho triste.. Cheio de Amanhã-Segunda. maria da Fé, 03/11/2013 (à tarde)
Posted on: Sun, 03 Nov 2013 18:15:19 +0000