Este é o teatro da minha terra. É bem maior do que o Amazonas, evidentemente sem a suntuosidade e o estilo desse, mas é bonito, não acham ? Aí namorei, "no escurinho do cinema", sonhei com "Sissi, a imperatriz", chorei com "La Violetera"; torci nos festivais de música popular (para terem ideia do nível de qualidade,"Casa no campo", depois gravada po Ellis, foi a vencedora de um desses festivais); tive minha fase de filmes cults, no anexo que ficava no sótão. Aí recebi o diploma de minha primeira graduação, contendo o choro do inconformismo por minha avó Guiomar, mulher culta e independente, não estar ali para ver que, no meio daqueles quase cem homens, uma das cinco mulheres era a sua neta que se formava em engenharia civil. Com o declínio dos cinemas extra-shoppings, entrou em decadência, fechou. Hoje, restaurado e sob a tutela da UFJF - o digo com muito orgulho - abriga espetáculos teatrais e musicais, um dos quais, o Festival Internacional de Música Colonial, no mês de julho, é de altíssimo nível. Estou longe dele, frequentando outro mais badalado, de fama internacional, mas nunca o esqueço. Obrigada, Eden Grunewald, que oportunizou o afloramento de tantas lembranças. Divido-as com os conterrâneos e contemporâneos Graça Lessa, José Carlos Peliano, e com os amigos daqui, que gostam dessas hitórias, Jose Rocha, Almir Barros Carlos e Gabriel Albuquerque.
Posted on: Tue, 11 Jun 2013 05:01:17 +0000
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