Eu sempre fui contra a tolerância zero nos termos em que foi concebida e aplicada. E nunca discuti em público dado o caráter "politicamente correto" com que as pessoas tendem a confundir uma discussão. Vou arriscar desta vez... lá vai: Sempre achei que a intolerância é demostração da incapacidade do país de fiscalizar... e que o "ZERO" é fugir ao trabalho de estabelecer o que é um limite tolerável, como existe em países de economia mais avançada. sim, avançada. olhe só para o caso da França, que resolveu PONDERAR sobre o problema antes de tomar alguma decisão arbitrária: SEGUNDA, 8 DE SETEMBRO DE 2008 A eventual aplicação da tolerância zero ao álcool no trânsito foi debatida no ano passado na França pelos 42 integrantes do Conselho Nacional de Segurança nas Estradas, órgão independente do governo. A medida foi rejeitada com base em estudos que demonstram que os acidentes mortais são originados por condutores com taxas de álcool muito elevada, entre 1,6 g/l e 2,0 g/l (a alcoolemia média constatada em 2007 foi de 1,6 g/l, e superior a 2,0 g/l em um terço dos acidentes mortais). A notar que 92,9% dos casos corresponde a um condutor masculino. "A prioridade é tratar dos casos que originam os acidentes. Não é entre as taxas de 0 a 0,5 g/l, ou mesmo até 0,8 g/l, que eles ocorrem, mas em índices superiores a 1,6 g/l. A partir dessa análise decidimos não adotar a tolerância zero" explica a delegada interministerial para a segurança nas estradas, Cécile Petit. Em resumo da missa, aquilo que eu sempre apregoei... um bando de mega bebum causadores de acidentes levam uma população inteira a sofrer as consequências de seus atos face a intolerância de órgãos mandatários que primam em tentar encerrar problemas por decreto. fonte dos dados: terramagazine.terra.br/interna/0,,OI3164974-EI6782,00Franca+criterios+para+o+alcool+no+volante.html
Posted on: Wed, 12 Jun 2013 14:58:03 +0000