Fico dilacerado. Não estou lá. Nada faço para mudar aquele estado de coisas, desde a mentalidade que não é a minha, desde a religião que não partilho, desde tudo...que não compreendo. E, por isso mesmo, por não perceber, não tenho o direito de exigir nada. Não sei, tenho dúvidas quanto aos autores do uso das armas químicas. Sei sim que foram usadas. Também sei que se lá estivesse e fosse sírio, os mues filhos pagariam por deter essa nacionalidade, apenas por ali ter nascido. É pecado original ter algumas nacionalidades, mas não sou participativo, não sou exigente quanto ao fim do estado miserável em que aqueles seres humanos (que também não me percebem) vegetam. principalmente aquelas crianças. Bebés. Hoje acordei, como todos os outros que lerão esta mensagem. Não sou de esquerda, não sou de direita, não me revejo no centro. Sou um contestatário por natureza. A idade de mais de meio século já me permite este tipo de frontalidade. Não sei quantos mais morreram por esse mundo fora. Não sei se morrerei hoje. Não o desejo, nem queria que a morte de alguém fosse tão violenta e injusta. Como quase todas elas. Esta mãe que chora está fardada. A criança não. Choram ambas. A mãe ou os pais da outra, estropiada, sem cabeça, choram e não têem farda. A única que possuem no corpo é o facto de ali terem nascido sem pedirem. A natureza humana e o chamado "destino" fez regressar aquela mãe. Teve sorte. Teve e evidencia saudades. Os outros pais chorarão (se forem vivos), a morte daquele bebé. Nada posso fazer por eles. Apenas partilhar e estar de acordo com a perspectiva de mais uma invasão. Não será, obviamente, a melhor atitude. A melhor seria capturar os culpados de um lado e de outro, o smentores desta guerra absurda e julgá-los por crimes contra a humanidade. Lamento muito só partilhar. Sou só mais um que não quer a guerra, mas não me importava nada de pegar em armas para capturar "bandidos" como estes. Não o farei.
Posted on: Fri, 06 Sep 2013 08:09:28 +0000
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