Hoje participei no Seminário "Cabeceiras e o Futuro", promovido - TopicsExpress



          

Hoje participei no Seminário "Cabeceiras e o Futuro", promovido pela ADBASTO e pelo jornal O BASTO. Divulgo aqui a súmula da minha intervenção. CABECEIRAS E O FUTURO É costume afirmar-se que o futuro a Deus pertence. No entanto, cabe-nos a nós preparar neste interregno, que é o presente, os alicerces desse período que definimos como futuro. Sabemos também que o futuro decorre daquilo que foi o passado. No atual momento, vivemos condicionados por diversos fatores, do passado, a ter em consideração: a) Desertificação, b) Desemprego, c) Carências sociais graves, d) Falta de planeamento urbanístico e de gestão territorial, e) Baixos níveis de escolaridade e de qualidade deficiente, f) Deficiente qualidade da satisfação das necessidades básicas nas áreas do saneamento, recolha de resíduos sólidos, e até do abastecimento de água, g) Um tecido empresarial sempre e totalmente dependente do poder político, h) Uma gestão autárquica muito centralizada, fechada, pouco democrática e que põe em causa os direitos dos cidadãos e a sua própria liberdade. Face a este cenário, é natural que as condições para um futuro melhor estejam comprometidas. Cabe, no entanto, a cada um de nós, e em especial àqueles que assumem responsabilidades políticas, dar o seu contributo e ter um projeto, um ideário, que mobilize a sociedade. Nesse sentido, defendo a criação de um plano de desenvolvimento económico e social, integrado e sustentável, racional, realista e exequível, que tenha como objeto as pessoas e que tenha em conta vários fatores de produtividade e competitividade. Nesse plano deve-se atender às seguintes dimensões: 1- A dimensão humana: refere-se esta expressão, essencialmente, à qualidade e à força do trabalho, pela qualificação profissional das pessoas, com reforço do espírito empreendedor, quer na dimensão pessoal, quer profissional; 2- A dimensão institucional e social: As redes de conhecimento formal e informal, redes sociais, interação, parcerias e sinergias criadas entre empresas, serviços públicos e não públicos e movimentos associativos, em que o Município se deve assumir como líder e dinamizador, não como controlador e castrador das iniciativas, em prol do desenvolvimento económico e reforço da coesão social; 3- Empresários: Informados, criativos e inovadores, ou seja, empreendedores; 4- Acessibilidades: Cabeceira de Basto está a 1 hora do porto de Leixões e do aeroporto Sá Carneiro, por autoestrada, facilitando o escoamento de produtos e obtenção de matérias-primas; 5- Integração Regional: Cabeceiras de Basto integra a CIM do Vale do AVE, devendo ser potenciados e aproveitados os benefícios regionais daí advenientes, em especial a proximidade do eixo Guimarães-Braga; 6- Potencialidades: Agro-Industriais, turísticas, culturais e de lazer; 7- Ecologia: numa região marcada pela riqueza da Natureza, deve-se valorizar o património ambiental e preservá-lo; 8- Política energética e energias verdes: o futuro radica na sustentabilidade das políticas energéticas, fomentando as energias verdes, as energias renováveis. Em suma, pretende-se: 1- Uma Região Ganhadora: Criação de uma região que potencie a diversificação e crescimento das atividades económicas: a. Que se caraterize pela existência de redes de cooperação entre os seus agentes, propiciando condições de fortalecimento das atividades já existentes e aglomeração de novas atividades; b. Em que sejam aproveitadas todas as suas potencialidades, a sua localização, as acessibilidades e integração na CIM do Vale do Ave; c. Que se constitua como região de atração a investidores, quer pelos seus recursos humanos, quer pelas condições para o investimento oferecidas localmente. 2- Para isso, é imperioso o envolvimento de todos agentes locais no processo de construção do futuro, sejam públicos, ou privados: a. Papel das instituições públicas, em geral: Cabe às instituições do setor público (Estado), criar as condições que favoreçam a atração de empresas e empreendedores, pela qualidade dos serviços que cada um presta na sua especificidade, sendo, cada vez mais, órgãos que primem pela justeza das ações e pela sua celeridade ao serviço da comunidade; b. Papel do município: Cabe-lhe um importante papel na criação de condições necessárias ao processo de desenvolvimento, enquanto organismo facilitador no processo de desenvolvimento de iniciativas empreendedoras, sem exercício de pressões diversas do interesse em captar o investimento e promover a produção de riqueza. c. Papel das estruturas educativas/formativas: Desenvolver e tirar as vantagens dos processos educativos formais, administrando de modo racional a rede de escolas e estruturas de formação profissional, quer por parte do sistema educativo, quer do serviço público de Emprego e Formação Profissional e empresas privadas de formação profissional, quer por parte do próprio Município, a quem cabe responsabilidades ao nível do parque escolar. Pretende-se formar cidadãos qualificados e dotados de espírito empreendedor. d. Papel das empresas: às empresas cabe o papel fundamental de desenvolver as atividades económicas, promovendo o seu crescimento, a criação de emprego sustentado pela riqueza produzida. Sem as empresas nada do que acima se disse faz sentido, nada terá realização e teremos a situação que atualmente se vive neste concelho. Uma economia estagnada, ou em decréscimo, com as consequências sociais daí resultantes e do desemprego gerado. Cabe pois atrair novas empresas. Quer a indústria, como a confeção e calçado (pela proximidade às grandes empresas do setor), quer o turismo (religioso, natura, aventura e motorizado), o comércio e serviços, a restauração, tudo passa pela criação de condições atrativas aos respetivos agentes, o que começa logo pela supressão dos “tradicionais obstáculos” à formalização e instalação de empreendimentos. Enfim, perante o atual cenário, num contexto global, nacional e internacional, de instabilidade e de recessão, os caminhos para o futuro têm de passar por uma nova atitude que privilegie a liberdade de iniciativa, a criatividade, o empreendedorismo, a transparência de processos, a segurança, a estabilidade, e a intransigente defesa dos interesses do concelho e das suas gentes. Não foi este o percurso seguido ao longo dos últimos anos. É esta mudança que me proponho assumir, pelas pessoas, por Cabeceiras. 27 de Julho de 2013 Mário Leite
Posted on: Sun, 28 Jul 2013 00:54:52 +0000

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