(Jornal “A Crença” de 3 de Julho 2013) CANDIDATURA NOVO - TopicsExpress



          

(Jornal “A Crença” de 3 de Julho 2013) CANDIDATURA NOVO RUMO Eu, o irmão e o candidato Não digo toda a gente, que não tenho a pretensão de ser assim tão conhecida, mas grande parte das pessoas conhece a minha ligação familiar com Jorge Gago da Câmara, candidato à Presidência da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, como independente. Não vale pois a pena escamotear, até porque não está na minha natureza fazê-lo, que nos unem estreitos laços familiares, mais precisamente, somos irmãos. Também não faltarão pessoas que saibam do meu apoio, incondicional, à lista designada NOVO RUMO. “Tudo em família…”, parece-me ouvir daquele canto. “Pudera, não havia de apoiar o irmão!”, julgo ouvir daqueloutro. Pois bem, vou tentar demonstrar que quem assim tira ilacções fá-lo de forma simplista e, quiçá, eivada de um certo cepticismo e mal querença. Quando, há uns meses atrás, o meu irmão me fez saber, em conversa casual, que iria candidatar-se à autarquia de Vila Franca do Campo arrepiei-me, literalmente. Olhei-o nos olhos e disse “ Jorge, eu acho que não gostaria de te ver lá!... Aquilo é um elefante branco; um parto que ninguém deseja… É uma das Câmaras mais endividadas do país. É uma casa às avessas…”. Enfim e continuei a desfilar o rosário de mazelas e maus tratos que, como é sabido, nas últimas décadas, levaram aquele organismo ao estertor de moribundo em que ainda jaz. A Olhou-me de frente, como é seu apanágio, e com voz determinada em que se vislumbrava uma certa e justificada (reconheci-o mais tarde) indignação, respondeu-me, mais ou menos, nestes termos: “ M., eu não sou pessoa para ver alguém a afundar-se e não correr a socorrê-la… Eu tenho sido bastante crítico, mesmo quando fui vereador, e não tenho o direito de não ser coerente. Eu acho que posso e devo ajudar Vila Franca e não vou abrir mão desse dever. Não é só criticar, criticar… e ficar de braços cruzados! Olha o paizinho… “. Tudo o resto que me poderia ter dito resultaria supérfluo. Vi nele a mesma determinação, o mesmo entusiasmo, o mesmo dinamismo do meu saudoso e querido pai. Ele, também, na sua época, com fracos recursos e muitos filhos a quem transmitiu princípios inabaláveis além de lhes assegurar casa farta e vida folgada, contribuiu e muito para o crescimento desta Vila. Dezassete casas (duas das quais para uso da família) ainda aí estão a atestar esse contributo. É obra, ainda hoje. Foi odisseia, naquela altura! Por outro lado, a minha natureza, a minha educação, a minha formação académica conspiram para que eu seja uma livre pensadora e, fazendo jus a essa liberdade da qual não prescindo, nunca me vinculei ou filiei em nenhum partido. Sempre preferi estar de fora para poder apoiar o que todos eles tinham e têm de bom e recusar e ou criticar tudo o que os mesmos têm de mau. Sim, eu bem sei que muitos estarão a pensar “ Mas o seu irmão foi filiado no PS e vereador pelo mesmo partido!” E eu a esses respondo que mesmo tratando-se de propostas do seu então partido, o Jorge nunca as aprovou sem as filtrar pela sua inteligência, pelo seu discernimento, em suma, pela sua consciência. Mudou. Claro. Só os imbecis nunca mudam sobretudo quando se vêem confrontados, sistematicamente, com o logro e a incompetência. É fraqueza? Não: é CORAGEM. Prescindir do apoio de máquinas (robóticas) partidárias é enjeitar a possibilidade de recursos materiais mas também é recusar “pagá-los” todos sabemos como e a que preços. E nós, os Gago, somo-lo de nome, que a consciência essa não gagueja. Estamos fartos de ver Sancho Pança a usurpar o trono a Quixote! Para rematar, fui convidada a ser mandatária da candidatura NOVO RUMO. Aceitei, claro. Afinal, “se se pode usar a prata da casa” (e aqui a palavra prata é passível de várias interpretações…) para quê ir buscar a de fora. E foi este argumento que me fez, a mim que detesto política, aceitar o convite de meu irmão. E, sobretudo, porque acredito que a lista NOVO RUMO, rumando contra ventos contrários e procelas várias, se não levar Vila Franca, logo e já, a novo e inevitável rumo, pelo menos, não iludirá os vila-franquenses com vãs e improváveis promessas, e que dará um sopro e um novo alento a este éden que tem por nome grácil e gracioso o de Vila Franca do Campo para a tirar do marasmo, da abulia e do “ócio vil” em que se encontra fundeada. Afinal, não foi assim que os nautas portugueses, há séculos, chegaram à Índia?! Nota: a subscritora optou pela não observância do Acordo Ortográfico. Maria de Fátima Bulhões Gago da Câmara
Posted on: Sun, 04 Aug 2013 21:13:08 +0000

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