Lembranças de um amigo! Revendo velhas fotos, vi um querido - TopicsExpress



          

Lembranças de um amigo! Revendo velhas fotos, vi um querido amigo, Albertinho, que faleceu em decorrência de uma enfermidade repentina que em pouco tempo o tirou da presença dos familiares e amigos. Isto me trouxe um peso no peito, um sentimento de tristeza que não dá para explicar. É triste saber que não teremos a presença constante de uma pessoa que nos faz bem. E que de repente esquecemos de sua presença e voltamos a lembrar de sua fisionomia em uma fotografia, sorridente, de bem com a vida. Aliás, temos mesmo que aprender a conviver com coisas que não podemos entender perfeitamente; esta vida é indecifrável, indefinível, não podemos realmente saber o que acontecerá no próximo minuto. Então isto reforça meu sentimento de que o melhor a se fazer é não perder tempo com coisas que não valham a pena. As lutas do dia a dia que todos nós temos ( ninguém está livre delas) deve ter a sua importância devida mas não podemos fazer dela o cerne de nossa existência. Este acontecimento com meu querido amigo mostra o quanto é importante darmos valor a amizade, aos bons sentimentos, a vida espiritual, como ele fez, a expressar um sentimento que pode ser correspondido ou não. Sinto que na hora da despedida, isto conta muito; a sensação de ter feito o que quisemos fazer. Eu gosto de escrever coisas positivas que façam as pessoas se sentirem animadas com a vida. Outro dia, em resposta a umas destas palavras, um amigo me disse que eu era utópico, numa referência de que as coisas que falo são ilusórias, fantasiosas e não acontecem na vida real, porque este é o significado de utopia, algo que de tão correto, não se realiza e se não se realiza, que nos contentemos com as amarguras, vícios e imperfeições humanas. Não, eu não penso assim. Eu tenho muito mais a dizer sobre um amigo que teve o tempo aqui nesta Terra fazendo o bem, cultivando flores de um mundo melhor do que comentando artigos jurídicos. Tenho consciência de que minha profissão é importante para mim, mas sei até onde esta importância vai. Quando chego em casa, depois do trabalho, meus filhos não querem ver um advogado falando o “juridiquês”, somando perdas e ganhos da profissão e sim um pai apenas, amoroso, como foi o meu amigo que faleceu. Aliás, tenho uma mensagem muito interessante que diz que, no final da vida, poucas pessoas se arrependem das construções da vida material. Pouca gente pensa que “poderia ter ganhado mais dinheiro” ou ‘poderia ter tido uma vida de mais conforto” e sim, que poderia ter sido um pai mais presente, um filho mais atencioso, um amigo mais amigo. No segundos finais da vida, o que vem a memória são os feitos do coração e não os feitos do “ouro”. Na realidade, todos nós somos apenas crianças carentes de muita coisa que as vezes perdemos um tempo precioso deixando de fazer o que é realmente importante porque damos mais importância ao que, na realidade, não tem. O que me vem a cabeça agora é que o meu amigo teve uma vida curta mas extremamente produtiva e Instrutiva. Fez o papel que muitos que vivem várias décadas e não fazem, pela resistência que tem com a “utopia”. Da pouca vivência que minha família teve com ele, fica na memória o sorriso aberto e sincero, de um menino. Este assunto me fez lembrar uma música que ouvia muito quando criança, chamada “Utopia” . Nesta música, o grande Padre Zezinho fala de sua vida na infância, das coisas que ficaram em sua memória: “Das muitas coisas do meu tempo de criança, guardo vivo na lembrança o aconchego de meu lar. No fim da tarde, quando tudo se aquietava, a família se ajuntava lá no alpendre a conversar; meus pais não tinham nem escola e nem dinheiro, todo dia o ano inteiro trabalhavam sem parar. Faltava tudo, mas a gente nem ligava, o importante não faltava, seu sorriso, seu olhar. Chame a isso de utopia, eu a isso chamo paz”
Posted on: Wed, 02 Oct 2013 06:02:32 +0000

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