Li o artigo de Lula no New York Times, e há duas boas notícias. A primeira é que, à semelhança de um transatlântico que desse um cavalo de pau, Lula abandonou as metáforas. A segunda é que há clamor nas ruas, e o PT precisa mudar. Como ele não entrou em detalhes, só me restou imaginar como seria este PT pós PT: um partido integrado aos movimentos sociais de base, presente nas periferias, defensor intransigente da doutrina do SUS e da democratização da educação, da Universidade Pública e dos trabalhadores. Um partido cujos membros estivessem do lado de fora das barreiras policiais, e cujo presidente tivesse por palanque um caixote e por audiência os operários das portas das fábricas e os comerciários. Um partido com intelectuais críticos, que não submetesse cabeças pensantes a expurgos periódicos, apenas pelo fato de pensarem. Um partido que fizesse a denúncia inclemente de personagens como Feliciano, Blairo Maggi, Paulo Maluf e et caterva. Bem , como meu inglês não é tão bom como o do ex-Presidente, li o artigo numa tradução gentilmente fornecida pela CUT. Desta forma, acabei sem ler os comentários dos leitores, e não sei se alguém perguntou se, já que um partido assim seria tão bom, por que Lula e seus chegados acabaram com ele.
Posted on: Sun, 21 Jul 2013 15:51:24 +0000
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