Libertadores quae sera tamen: Roberto Drummond acredita – - TopicsExpress



          

Libertadores quae sera tamen: Roberto Drummond acredita – Olimpia 2 x 0 Atlético Mineiro por Mauro Beting em 18.jul.2013 às 12:57h ” O que mais combina com a magia do Atlético é o sangue. Esse que nosso volante recuperou quando tinha tudo para deixar o campo e continuou a jogar com a cabeça enfaixada. Toda vez que o Galo foi apenas arte e esqueceu seu lado heroico, ele saiu banido de campo e derrotado dentro do coração dos que o amam. Mas quando o lado heroico do Atlético prevalece, ele sempre sai de campo glorificado. É com sangue, suor e raça que o Galo pode derrotar o rival. É com amor. É como quem disputa o coração da mulher amada. É como quem defende o último pedaço de chão da pátria. É assim que o Atlético deve fazer. Se fizeram um eletrocardiograma da bola, verão que até ela está com o coração batendo na garganta. Vocês dirão que não – que bola não pensa, que bola não sente… Ingênuos! A bola sempre sabe que rede beijar. E esse beijo, às vezes, é deixado para a última hora, para nos fazer sofrer. Mas esse beijo costuma ser dado a quem merece. A quem desde a primeira vista deste campeonato pôs amor em tudo que fez. Houve ocasiões, sim, que o adversário mereceu tanto quanto o Atlético. Nunca mais do que o Galo. A bola levará isso em conta no Mineirão. Tudo na vida é questão de merecer. Os jogadores do Atlético podem estar tranquilos. São os mais capacitados e predestinados para serem campeões. Queria que todos os atleticanos não se esquecessem quando se virem cercados, sem saída e sem caminho, que sempre há um jeito de chegar até a linha de fundo e cruzar uma bola. Senhor, apague o sol, apague a lua, anoiteça os olhos da amada, derrame a noite sobre nós, mas não deixe o Atlético capitular. Senhor, tire nosso pão, corte nossa água, proíba nossos amores, decrete a solidão nas esquinas, nos bares e em nosso coração, faça de nós um bolero, faça de nós um tango, faça de nós a mais desesperada canção, mas transforme a zaga do Atlético num muro. Prenda de vez nosso coração, mas espalhe luz sobre os caminhos de nosso meio-campo. Acenda uma estrela na chuteira deles e não deixe o adversário jogar. Não deixe o Atlético capitular. Senhor: nos faça descobrir o amor para depois tirá-lo de nós. Faça-nos sofrer de amor, mate-nos de amor, se preciso, mas quando o atacante pegar a bola, Senhor, iluminado seja o seu caminho. Senhor, depois que o Atlético ganhar, aí, Senhor, prive-nos de tudo o que quiser, exile a amada no Paraguai e outra vez nos mate de amor. Mas, Senhor, não nos prive do Atlético. Ser atleticano é como casamento. Na saúde e na doença. Nas alegrias e nas tristezas. O atleticano é capaz de após uma derrota pegar a camisa no armário e sair às ruas. O primeiro e único mandamento do atleticano é ser fiel e amar o Galo sobre todas as coisas. A bandeira atleticana cheira a tudo neste mundo. Cheira ao suor da mulher amada. Cheira a lágrimas. Cheira a grito de gol. Cheira a dor. Cheira a festa e a alegria. Cheira até mesmo perfume francês. Só não cheira a naftalina, pois nunca conhece o fundo do baú. Já vi o atleticano agir diante do clube amado com o desespero e a fúria dos apaixonados. Já vi atleticano rasgar a carteira de sócio do clube e jurar: Nunca mais torço pelo Galo. Já vi atleticano falar assim, mas, logo em seguida, eu o vi catar os pedaços da carteira rasgada e colar, como os amantes fazem com o retrato da amada. Que mistério tem o Atlético que, à simples presença de sua camisa branca e preta, um milagre se opera? Que tudo se transfigura num mar branco e preto? Ser atleticano é um querer bem. É uma ideologia. Não me perguntem se eu sou de esquerda ou de direita. Acima de tudo, sou atleticano. Toda manhã, quando acordo, eu rezo: Obrigado, Senhor, por me ter dado a sorte de torcer pelo Atlético”.
Posted on: Fri, 26 Jul 2013 04:36:56 +0000

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