Livro trata de jornalismo e publicidade no rádio "Jornalismo e - TopicsExpress



          

Livro trata de jornalismo e publicidade no rádio "Jornalismo e publicidade no rádio: como fazer" é o título do livro recém-lançado pela jornalista da CBN Brasília Roseann Kennedy em parceria com o publicitário Amadeu Nogueira de Paula. A publicação de 128 páginas traz dicas e informações de como jornalistas e publicitários podem atuar nesse meio de comunicação. Inédita, a obra preenche umaroseann_kennedy_interna lacuna no mercado editorial brasileiro. “O rádio é deixado em segundo plano desde a universidade, e isso não só no curso de publicidade, mas no de jornalismo também”, avaliou Roseann Kennedy em entrevista à Abert. Segundo a jornalista, o livro pode ajudar estudantes e profissionais de ambas as áreas a entenderem o universo radiofônico e seu importante papel como prestador de serviço em um cenário de convergência tecnológica. “Ao reforçar a linguagem do rádio desde a universidade, o profissional quando for para o mercado terá uma dimensão muito mais fiel de sua importância, de seu peso, e de como o resultado de uma campanha bem feita neste veículo é importante para uma marca”, disse. Confira os principais trechos da entrevista. Como surgiu a ideia de escrever o livro? A coordenação do curso de publicidade de uma das faculdades onde eu dava aulas me convidou para assumir uma disciplina sobre linguagem radiofônica. E, à medida que ministrava as aulas eu via quais eram as minhas demandas de dúvidas e as dos alunos. Então me deparei com a seguinte situação: não havia bibliografia suficiente sobre publicidade em rádio no Brasil. Encontramos muito material, mas voltado para televisão, impresso, folder, banner. Para o rádio, no entanto, havia esse vácuo. Também encontrei muito material estrangeiro. Embora formada em jornalismo, comecei a formatar uma ideia para escrever um livro na parte de publicidade. Elaborei um roteiro e depois conheci o publicitário e professor Amadeu Nogueira de Paula, com o qual firmei a parceria para o projeto. Por que a abordagem conjunta de jornalismo e publicidade? A conversa entre os dois setores é necessária, tendo em vista que não existe rádio comercial que se sustente sem a propaganda. Mas não pode haver interferência mútua entre as áreas, até porque cairíamos em problemas éticos. Mostramos como fazer jornalismo e publicidade no rádio e abrimos esse diálogo entre dois setores que geralmente não se “bicam” muito. Como a publicidade e o jornalismo podem colaborar entre si? A emissora comercial depende da propaganda e a conversa entre os dois setores precisa ser aberta, mas sem que haja conflitos éticos. É necessário encaixar um anúncio que se enquadre melhor em um programa com determinado perfil e voltado para um certo tipo de público. Também é fundamental identificar as notícias de maior interesse para aquele horário. Por exemplo, que importância terá para um público juvenil se eu der os dados da bolsa de valores do dia durante uma programação voltada para ele? É possível ter esse diálogo entre as duas áreas dando também credibilidade para a emissora que veicula as notícias e as propagandas. Mas jamais deve haver interferências indevidas entre as duas áreas. Quais são os desafios do rádio no cenário das novas mídias, na sua opinião? O grande desafio de adequação do rádio entre essas novas tecnologias é como enfrentar o concorrente que não é o próprio rádio. É conseguir fazer com que o ouvinte tenha interesse na programação e não meramente focar somente em músicas que ele pode ouvir no carro via pendrive e Ipod. Isso significa voltar às origens, ou seja, continuar a ser um prestador de serviços por excelência mesmo com todas essas tecnologias. Dessa forma, ele sempre terá o seu espaço. O rádio é um veículo com garra, o maior sobrevivente. Vieram a televisão e outras mídias, diziam que o rádio iria acabar. Não, o rádio não vai acabar nunca, justamente por ter esse poder de se reinventar. Por exemplo, você está no carro e acontece uma tragédia e por meio de qual veículo você se informará? É o rádio, pois você estará ali dirigindo e não terá como estar navegando na internet para se informar naquele momento. O grande desafio do rádio agora é dar continuidade a esse poder de renovação, e é o que ele vem fazendo. É juntar o rádio com as outras mídias e promover interatividade permanente com o ouvinte. É permitir que as novas tecnologias façam com que ele cresça ainda mais. Tendo em vista a proposta do livro e a sua experiência de 20 anos no rádio, como você avalia a publicidade neste meio de comunicação? A publicidade no rádio é ainda muito deficiente. Quando um anunciante pensa em fazer uma mega campanha, a primeira coisa que vem a mente é ter dinheiro para fazer a propaganda na televisão, e o rádio vai ficando em segundo plano. Mas, para piorar, os anunciantes que entram para uma mídia de TV em massa, utilizam o áudio da mesma peça produzida para a televisão e coloca para ser veiculada no rádio. Isso nem sempre funciona e em algumas situações não surte efeito algum, porque a linguagem de televisão é outra devido a associação de imagens ao produto. Isso mostra o tanto que o rádio é colocado de escanteio, e é uma pena, porque é fantástico quando você encontra uma peça produzida de fato para o rádio. Como o livro trata essa questão? Trazemos exemplos de propagandas verdadeiramente feitas para o rádio, como são muitas as possibilidades de se criar essa propaganda para o rádio, podendo alcançar públicos de todas as faixas etárias, classes sociais e com um custo infinitamente mais baixo para a sua produção. Se eu digo no rádio que aquela mulher maravilhosa está usando tal marca, eu apenas estou falando sobre ela. Portanto, cada ouvinte vai ter na sua imaginação a ideia de uma mulher maravilhosa, e não foi necessário pagar um cachê alto para uma supermodelo. Tenho esperanças de que isso vá mudar com o tempo e inclusive com a possibilidade de o rádio ter anúncio também na internet, nos podcasts , entre outras mídias. O que é preciso fazer para mudar essa realidade? Continuar batendo nessa tecla de forma positiva, continuar fazendo esse trabalho de formiguinha. Quem é de rádio, quem ama o rádio deve falar sobre suas qualidades e possibilidades. E isso deve ser feito desde a universidade, e aí acredito que o livro começa a fazer uma diferença, pois traz o universo do rádio para a academia. O rádio é deixado em segundo plano desde a universidade, e isso não só nos cursos de publicidade, mas no de jornalismo também. Ao reforçar a linguagem do rádio desde a universidade, o profissional quando for para o mercado vai ter uma dimensão muito mais fiel de sua importância, de seu peso, e de como o resultado de uma campanha bem feita neste veículo é importante para uma marca. E para os que já estão no mercado, é insistir. Assessoria de Comunicação da Abert
Posted on: Mon, 22 Jul 2013 11:10:35 +0000

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