MANIFESTO DOS ESCRITORES E INTELECTUAIS DO DISTRITO - TopicsExpress



          

MANIFESTO DOS ESCRITORES E INTELECTUAIS DO DISTRITO FEDERAL Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade. George Orwell Acorda, Brasília. Quem quer calar a nossa voz?! Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade. George Orwell Quais os motivos da exclusão dos escritores brasilienses da mídia e do mercado editorial? Há uma política segregacionista e de exclusão sistemática dos autores de Brasília. Tudo isso é bem pensado e planejado para que a cidade não tenha uma identidade cultural. Vivemos um sistema de apartheid cultural midiático. Quem questiona essa política excludente entra para um índex editorial de não publicável e que não deve ser divulgado. Quem ousa questionar a indústria do jabaculê é odiado, perseguido, excluído de todas as formas. Tudo está combinado nos laboratórios das redações e das grandes editoras. Só se divulga os amigos e aqueles que são dóceis aos editores de jornais. quem não questiona, quem não combate, quem não luta para mudar o establishment e o status quo. Autores de Brasília tiveram uma excelente performance na Bienal do Livro, foram dos mais vendidos, você leu alguma linha sobre isso nos jornais? Acorda, Brasília. Gustavo Dourado lê o Manifesto dos Escritores do Distrito Federal, Brazil em evento da Academia Taguatinguense de Letras na II Bienal Brasil do Livro e da Leitura - Brasília. O Manifesto será entregue às autoridades do DF e aos veículos de Mídia. Já contamos com mais de 500 assinaturas dos mais destacados intelectuais, escritores, professores, artistas, cineastas, militantes, pesquisadores e jornalistas. MANIFESTO DOS ESCRITORES E INTELECTUAIS DO DISTRITO FEDERAL Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade. George Orwell A Constituição Cidadã , em seus artigos 215/216, trata a cultura como item relevante para a consecução dos objetivos da República. NÓS, OS ABAIXO-ASSINADOS, ESCRITORES, INTELECTUAIS E CIDADÃOS BRASILEIROS, POR MEIO DESTE, FAZEMOS AS SEGUINTES PROPOSTAS E REIVINDICAÇÕES AO PODER PÚBLICO E ÀS AUTORIDADES CONSTITUÍDAS: Pela urgente valorização dos escritores do Distrito Federal. Por uma política cultural efetiva para os escritores do DF com o fomento, a produção, a edição, a difusão e a distribuição e comercialização do livro. Pela democratização, desburocratização e regionalização do Fundo de Apoio à Cultura do DF. Pela inclusão cultural dos escritores de Brasília nos eventos literários oficiais promovidos pelo poder público, com a inserção nos cronogramas e programações. Pela desburocratização dos meios de acesso ao livro e à leitura com a inclusão dos livros dos escritores do DF nas livrarias locais e de rede. Pela criação do Instituto do Livro do Distrito Federal. Pela regulamentação, aplicação e estudo da Literatura Brasiliense nas Escolas do Distrito Federal. Pelo apoio efetivo ao funcionamento das instituições e entidades literárias do DF. Pela democratização da mídia e dos meios de comunicação para que atuem de forma mais abrangente, criativa e menos excludente. Pelo incentivo e a preservação das identidades culturais, garantindo à população contato com o fazer cultural e artístico do DF. Pela inclusão das Regiões Administrativas do DF nos programas e eventos culturais e educacionais organizados pelo poder público. Pelo fortalecimento das bibliotecas públicas e escolares do DF. Pelo não ao apartheid cultural e a conspiração do silêncio. Os escritores e intelectuais do DF entendem que pagam muitos impostos e taxas, os quais, em parte, vão para gastos com propaganda e marketing publicitário e que estes, por sua vez, não são revertidos para a área cultural local. Não existindo, portanto, uma política efetiva de valorização, divulgação e inclusão dos escritores do DF que ficam à margem do mercado editorial e das ações e programas oficiais, sempre em desvantagem em relação aos escritores de fora que são tratados e cultuados com deferência. Gustavo Dourado Presidente da Academia Taguatinguense de Letras (ATL) Presidente da Academia Brasileira de Letras de Cordel Representante da União Brasileira dos Escritores Representante da União Mundial dos Escritores O Manifesto foi lido no Sarau Recital Golpe Nunca Mais/Homenagem ao escritor Gabriel García Márquez, no dia 20 de abril de 2014, na II Bienal Brasil do Livro e da Leitura. Recebeu a assinatura de centenas de escritores, intelectuais, professores, leitores, bibliotecários, pesquisadores, artistas, autoridades, jornalistas, procuradores, promotores, militantes, sindicalistas, universitários e servidores públicos, entre outras importantes categorias. Agradeço a divulgação e o compartilhamento. Conspiração do Silêncio/Apartheid Cultural/Ditadura Midiática Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade. George Orwell Não à Conspiração do Silêncio e ao Apartheid Cultural impostos pela grande mídia aos escritores, leitores e intelectuais de Brasília, principalmente àqueles que residem longe do Poder Central. Não temos espaço nos exíguos cadernos de cultura, diversão e entretenimento dos grandes jornais do Plano Piloto, que preferem fazer um tipo de jornalismo narcisista, com a constante divulgação dos seus próprios feitos, enquanto optam pela exclusão dos pensadores da cidade. Isso é uma vergonha e precisa ser denunciado. Há uma censura prévia. Só há apoio e valorização dos amigos e afins dos divulgadores, de quem é de fora e do que é feito pela elite. Vivemos a exclusão midiática e a ditadura do relise jornalístico, que só divulga produtos de qualidade duvidosa e o que é indicado pelo mercado editorial dominado por grandes editoras do Eixo SP/RJ. Continuaremos a nossa luta pela inclusão cultural dos artistas candangos e candangas pelas Redes Sociais e outros meios. Gustavo Dourado Notícias da Bienal do Livro e da Leitura: mais de 500 pessoas, entre escritores, professores, intelectuais e leitores assinaram o MANIFESTO DOS ESCRITORES DO DF, organizado pelo professor e escritor Gustavo Dourado, presidente da Academia Taguatinguense de Letras (ATL). Entre alguns pontos, o abaixo-assinado pede a efetivação de uma política cultural decente para os escritores do DF com o fomento, a produção, a edição, a difusão e a distribuição e comercialização do livro. Gustavo Dourado, muito bem aplaudido pela iniciativa, denuncia uma espécie de conspiração do silêncio e apartheid cultural no DF, onde só os artistas e intelectuais de fora têm vez e voz nas programações oficiais do governo e também na mídia, esta por vezes narcisista, já que divulga os feitos dos próprios jornalistas e dos amiguinhos. “Vivemos a exclusão midiática e a ditadura do release jornalístico que divulga produtos de qualidade duvidosa e o que é indicado pelo mercado editorial dominado por grandes editoras”, observa Dourado. A seguir, a íntegra do manifesto lido no sarau/recital em homenagem ao escritor Gabriel García Márquez, no dia 20 de abril de 2014, na Bienal. O manifesto prossegue até completar mais de 1 mil assinaturas. Jornalista Maria Félix Fontele
Posted on: Sat, 03 May 2014 15:04:15 +0000

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