MISÉRIAS Creio que ontem, ouvi José António Seguro argumentar - TopicsExpress



          

MISÉRIAS Creio que ontem, ouvi José António Seguro argumentar que o país está novamente em situação de miséria igual à que seu pai lhe transmitiu que se vivia antes do 25 de Abril de 1974. Os políticos, valha-lhes essa virtude, são mestres da oratória, demagogia e propaganda pelo que, tanto aos da direita como da esquerda, importa conceder-lhes o devido desconto. Quanto à questão da miséria: De facto é sabido que antes do 25 de Abril de 1974 em Portugal havia situações de miséria, desde logo as decorrentes da ditadura e do isolamento do país face ao desenvolvimento que se registava em parte da Europa. Todavia, porque o seu a seu dono, apesar dessa pobreza, importa ter em conta que o país foi reconstruído do zero, dos escombros das revoluções, da anarquia e miséria ao quadrado herdada das tropelias e atropelos das primeiras duas décadas da república. Não se perdoando a natureza repressiva da ditadura do Estado Novo, há no entanto muitos índices de desenvolvimento que não podem ser ignorados pela ignorância ou porque dá jeito a quem os invoca. Portugal antes da revolução de Abril, não tinha dívidas e era auto-suficiente em muitos aspectos do sector produtivo. Depois da revolução e sobretudo depois da adesão à comunidade europeia, a suposta miséria começou a ser anestesiada mas essencialmente à conta da torneira da Europa e de endividamentos massivos e daí uma falsa ilusão de desenvolvimento e enriquecimento durante alguns anos. Resulta que ao primeiro forte abanão da economia internacional, o país desceu à terra e agora aqui d´el-rei que está novamente na miséria. Pois está, mas acima de tudo devido a uma situação que decorre da verdadeira constatação de quem viveu sempre acima das suas reais possibilidades, porque mesmo nos anos considerados bons e de crescimento isso foi sempre sustentado com pés-de-barro, uma ilusão doce paga a juros bonificados que agora se liquidam pela medida grande e com operações de resgate financeiro num claro sinal de dependência. Tem que haver esperança na mudança mas a mesma terá sempre que decorrer de uma adaptação à verdadeira realidade do país e nunca em medidas que continuem a ser ilusórias e ao sabor dos ciclos eleitorais e governativos. Quanto à miséria, essa infelizmente irá continuar a existir, lado a lado com a riqueza, o luxo e a ostentação. Não é pois exclusiva de Portugal ou de países do terceiro mundo já que está exposta mesmo em países considerados ricos e desenvolvidos.
Posted on: Tue, 10 Sep 2013 13:01:16 +0000

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