Manifesto de Tânatos Aqui estou ante vós, Mulheres, homens, - TopicsExpress



          

Manifesto de Tânatos Aqui estou ante vós, Mulheres, homens, irmãos Para soltar minha voz De justa indignação! Acusais-me de ceifar Com cinismo e sem piedade As vidas de vossas vidas em cruel fatalidade! Em vosso ressentimento Recusai-me olhar de frente Velais a minha aparência Com disfarce inconsciente! Negais minha utilidade, Fugis de minha visão, Mas aqui estou firme e sempre Vosso eterno guardião! Estou aqui hoje e sempre Pois minha irmã é a vida E a dança em vossa roda É ela quem me convida! A vida não saberia Gerar seres permanentes Se eu não fizesse um trabalho: O de enterrar as sementes! Mas escutai, ó irmãos! Meu ardente manifesto Nele ponho minha alma Minha ira e meu protesto! Acusai-me de maldade! Mas sóis vós que me obrigais A ser duro e sem piedade Mostrando-me tão voraz! Obrigais-me a colher almas De multidões massacradas De crianças desnutridas De cidades arrasadas! Eu mesmo choro de ver Os corações afligidos Por guerras, crimes e prantos Nos continentes fendidos! Não quero mais Hiroshimas Abrindo a rosa ferida Não quero mais Auschwitz Ofendendo o dom da vida! Não quero povos rendidos À injusta e farta violência! Não quero impérios me usando Com tão cruel indecência! Não quero vidas ceifadas Tão novas, sem cabimento Em que eu não possa intervir Com piedade e acolhimento! Peço-vos, homens, irmãos! Não semeeis nunca mais O clamor das mães aflitas E a ira seca dos pais! Atordoam-me os ouvidos Esgares de dor e fome Gritos de angústia e de fel Com que difamais meu nome! Se tivésseis mais respeito À divindade da vida Seria muito mais fácil Ter minha missão cumprida! E se a vossa consciência Não estivesse vazia Eu seria bem aceito Natural, com harmonia! Nunca seria abusado Teria até certo encanto E passaria sereno Sem provocar tanto pranto! Homens! Mulheres! Irmãos! Deixai vãs filosofias Que fazem dos seres nada E as almas tornam tão frias! Esvaziais corações Buscai delírios de ter Sofismais com a violência, Porque duvidais do ser! Abri vosso coração! Para verdes a verdade Da morte como mais vida Como vão da eternidade! Para verdes mais de perto A consistência do ser A permanência da vida A força do transcender! Tantas vivências sabeis De mensageiros da vida Mostrando a morte serena De uma vida bem cumprida! Quantos destes semeadores Das leis da paz e do bem Sentiram que a morte é um pulo A uma dimensão além! Assim a vida, a verdade O bem, a autenticidade Costumam dar-se comigo E apontam a eternidade Quem tem certeza que é Sabe que sempre será! E eu serei um condutor Que a mais vida levará! Quero ainda vos pedir Irmãos – Homem e mulher Tornai-vos meus mensageiros Quem quiser e quem puder! Não mensageiros da morte Injusta, imposta, cruel Mas morte nobre, serena E com doçura de mel! Adentrai os hospitais Com mãos de paz e conforto Acalentai a quem sofre Fechai os olhos do morto! Entendei sobre os esquifes A ternura e a esperança! Aceitai-me se vos tomo Mesmo o jovem e a criança! Semeai gestos fraternos, Sede humano, verdadeiros Renovai nossos afetos Sede sempre e em tudo inteiros! Consolai quem se revolta, Pranteai com o que chora! Sabei usar o silêncio! Mas orai com o que ora! Acompanhai quem amais Ao portal da vida além Despedindo-vos com calma Até o momento que vem! E eu passarei tranqüilo, Com doçuras sem iguais E no momento oportuno Podereis morrer em paz!
Posted on: Tue, 03 Sep 2013 01:38:44 +0000

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