Misericórdia para com os criminosos POR REGINALDO DE OLIVEIRA - TopicsExpress



          

Misericórdia para com os criminosos POR REGINALDO DE OLIVEIRA REIS “E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez”. LUCAS, 23:41 Nessa célebre passagem de Jesus com os dois criminosos, malfeitores que foram com Ele crucificados, percebemos a diferença moral entre dois espíritos condenados pelo mesmo tipo de delito, um figurava-se ainda orgulhoso e arrogante, o outro, por sua vez, demonstrava humildade e arrependimento. O primeiro achava-se ainda escravo das sensações terrenas, preso às más paixões, preocupado somente em livrar-se da morte no madeiro para provavelmente continuar com a morte moral alimentada pela obstinação no mal. O segundo, por sua vez, reconhecia-se de fato um pecador, mas arrependido, sentia-se determinado, mesmo na cruz, a defender a inocência do Divino Peregrino que nada havia feito para merecer tal condenação. Seríamos capazes também, nos momentos finais da vida física, condenados pelos delitos praticados, de preocuparmo-nos, de fato, com a defesa de um justo, principalmente quando este se achava achacado, vilipendiado, zombado e ferido pela turba revoltada e agressiva que ordenava, sob gritos alucinantes, a Sua morte pela crucificação, ou seríamos como o ladrão egoísta e orgulhoso fixado apenas em si mesmo?! Certamente, muitos não saberão responder. Jesus, capaz de reconhecer em todas as criaturas encarnadas e desencarnadas seus sentimentos mais íntimos, silenciou-se diante da blasfêmia do criminoso incauto que não possuía ainda condições de apreender Seus ensinamentos mais sublimes. Porém, em relação ao bom ladrão, esse de imediato obteve Seu reconhecimento, recebera misericórdia porque se mostrava arrependido, sendo por isso digno de ouvir do Mestre: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”. Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, os espíritos afirmam: “Deveis amar os desgraçados, os criminosos, como criaturas, que são, de Deus, às quais o perdão e a misericórdia serão concedidos, se se arrependerem, como também, a vós, pelas faltas que cometeis contra sua Lei”.1 Todo perdão e misericórdia foram concedidos pelo Divino Mestre ao bom ladrão. Assim, nós também devemos fazer o mesmo. Nesse mundo de transição, onde a violência está presente nos quatro cantos da Terra, somos “vítimas” de assaltos, seqüestros, terrorismos e balas perdidas e o orgulho forma com o egoísmo a dupla da decadência moral. Devemos todos nós, sem exceção, praticar a benevolência para com os criminosos por meio de palavras de consolo, de encorajamento, de prece e de amor. Só assim eles serão conduzidos ao Senhor Supremo tal qual o ladrão arrogante que um dia será tocado pelo arrependimento se orarmos com fé, e como o bom ladrão ouvirá também aquela voz dizendo: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”. Os dois ladrões representam também a humanidade encarnada na Terra. Somos criminosos pelos atos contrários à Lei de Deus. Grande parte ainda se apega à matéria, aos desejos vis, vivendo somente em busca das paixões más. A outra já está mais adiantada, não deixa de ser ainda o criminoso de ontem e de hoje porque continua em erro, se reconhece em débito com as Leis Divinas, mas luta em busca da porta da salvação, consciente de que o maior tesouro são os valores do espírito. Sabe que deve ainda se esforçar para vencer os próprios instintos e que grandes esforços sobre si é obrigado para vencer suas más tendências. Jesus, como na cruz do calvário, está colocado entre nós, representa Ele o único caminho para o paraíso, sempre a postos a amparar os corações arrependidos. Nesse contexto, não cabe a nós julgar os criminosos enquadrados nas leis humanas, pois também somos todos criminosos perante a lei de Deus. Devemos sim exercer a lei de amor por meio da caridade, o único caminho para a nossa salvação! 1 O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 11, item 14.
Posted on: Thu, 24 Oct 2013 03:13:13 +0000

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