Missivas à espera de remetente Carta 2 quando entrei no carro fazia 19 anos. eu não parei nunca mais. senti o vento e a febre de não saber. mas não dá para não saber o suficiente. as coisas se arrumam sem interferência. descobri a tua amizade naquele caminho, naquela aldeia, e sei que nos sopramos boas fumaças. vivemos a avalanche do instante não sei em quanto tempo. mas acho que a memória não tem a mesma idade que a recordação. a verdade é que não andamos mais em bandos. sei que a aurora já se foi e estamos mais próximos do acidente no percurso. queria te lembrar o mar que nós atravessamos e a vodka que ficou na metade. escrevi o livro de que te falei, mas é impublicável. vou ter que abreviar, há um burburinho crescendo aqui. você não sabe como é difícil lidar com a ausência. abraço.
Posted on: Tue, 08 Oct 2013 01:55:00 +0000