Moção aprovada pela UEE MG Moção de apoio ao MST na luta por - TopicsExpress



          

Moção aprovada pela UEE MG Moção de apoio ao MST na luta por justiça para Felisburgo A estrutura agrária brasileira é marcada profundamente por um modelo predatório caracterizado pelo agronegócio, que combina o latifúndio, a monocultura e o uso indiscriminado de agrotóxicos. É nesse contexto que a luta pela Reforma Agrária se concretiza, buscando romper as “cercas da ignorância” para que a função social da terra seja respeitada. Com mais de 30 anos, o Movimento das/os Trabalhadoras/es Rurais Sem-Terra (MST) tem resistido ao latifúndio em permanente luta por uma Reforma Agrária que garanta justiça social e soberania popular. Atualmente, há quase 300 assentamentos em Minas Gerais, mas 87% destes não possuem água potável. Ao todo, o movimento resiste a 40 ordens de despejo no estado. Além do descaso do Poder Público, as famílias de acampados/assentados sofrem diariamente com a ganância e a violência dos latifundiários. Vítima disto, o movimento foi alvo de um massacre no nordeste de Minas Gerais que permanece impune até os dias atuais. Em 20 de novembro de 2004, Adriano Chafik e mais 17 capangas invadiram o acampamento do MST Terra Prometida, na cidade de Felisburgo, destruindo o acampamento, ferindo 12 sem-terras e matando 5 companheiros. O Instituto de Terras de Minas Gerais – (ITER) comprovou que pelo menos 515 hectares área ocupada pelo MST são terras públicas griladas pelo fazendeiro Adriano Chafik. Em 2010 a mesma área foi decretada para fins de reforma agrária pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com base na constatação de crime ambiental cometido por Chafik, mas até hoje a Justiça não assentou as famílias. Agora, depois de mais de oito anos do massacre, chegou a hora da sociedade mineira exigir justiça – no dia 21 de agosto de 2013, o fazendeiro Adriano Chafik – réu confesso – irá à júri popular em Belo Horizonte. É a oportunidade de exigir que se faça justiça na terra dos massacres. A União Estadual dos Estudantes (UEE) de Minas Gerais apoia a luta dos sem-terra pela reforma agrária, por justiça social e pela soberania popular. As Universidades, os Institutos e as Escolas também devem se preocupar com as causas do povo campo, onde também está a juventude. Portanto, manifestamo-nos: 1. Pela condenação pelo mandante e executor do massacre, o latifundiário Adriano Chafik, e dos pistoleiros que participaram do crime; 2. Por indenização e reparação às vítimas do massacre; 3. Pela demarcação dos 515 hectares devolutos existentes na fazenda; 4. E pela emissão de posse imediata do restante da fazenda, já decretada para fins da reforma agrária desde 2009.
Posted on: Thu, 22 Aug 2013 21:26:15 +0000

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