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MÁS, Y MUY JUGOSO, SOBRE EL BUEN USO DEL PATRIMONIO CON FINES DE DIFUSIÓN Y RECLAMO TURÍSTICO; UNA INICIATIVA DE LA CIUDAD DE BEJA, EN PORTUGAL. Ao fim de quase cinco meses as peças arqueológicas que dispersámos por vinte quatro estabelecimentos da cidade de Beja vão ser retiradas. O Museu Vivo, que com a participação e envolvimento da comunidade organizámos, teve a adesão de muitos anónimos que de forma e por meios variado a manifestaram. Experiência inédita, na qual cada peça se mostrou com o estatuto de joia despida do seu carácter sacro e intocável e por isso pôde ser exposta em qualquer espaço disponível e em convívio com os produtos oferecidos nos estabelecimentos, foi acolhida nos fóruns internacionais e nacionais em que foi apresentada com grande entusiasmo. E muito foram os colegas estrangeiros que pediram para replicar a ideia em seus países. Pretendemos trazer para a vida quotidiana da cidade de hoje uma parte da sua herança cultural e partilhar com os habitantes e os visitantes elementos conservados da sua construção que as recentes escavações no centro histórico revelaram. Tomámos como elementos de ilustração objetos de que as gentes em outros tempos dispunham para satisfazer as suas necessidades e que são testemunhos maiores e imprescindíveis do pulsar da vida de todos os dias na cidade. Um tijolo marcado com pé de uma criança enquanto secava, lucernas para alumiar, ânfora de produtos piscícolas (garum) e folha de ouro de um diadema ilustram a cidade romana que agora viu seus templos descobertos; pratos e taças decoradas com simples linhas, jarros, jarrinhos, potes e prato representando o paraíso, usados em período islâmico, cujas casas de tijolo e pedra se foram revelando; panelas, tijelas, potes, jarrinhos para medir líquidos e pucarinhos para beber, escudelas fabricadas localmente ou importadas e a talha feita por Marim Anes localizam-nos na cidade do século XV e XVI. Eram, certamente, os objetos que também foram usados pelos moedeiros que trabalharam na casa da Moeda privada de Ruy Lopes, que em 1525 o rei D. João III lhe licenciou e que se duvidava alguma vez ter existido mas que as cisalhas, cadinhos e moedas revelaram; loiça inglesa do princípio do século XIX e uma garrafa de graxa produzida na fábrica onde aos 12 anos trabalhou Charles Dickens respondem pelas importações a que acedia a cidade nesses tempos… Ousámos espalhar estas marcas da cidade do passado pela cidade de hoje; fizemo-lo com a conivência e o empenho de muita gente e de modo descarado rompemos com essa ideia de museu/edifício, de luz estudada e temperatura regulada, onde as pessoas vão uma vez e raramente repetem e onde os habitantes locais quase nunca vão e, pois claro, onde se pode ir sem sequer se romper pela cidade adentro. Não teremos conseguido cumprir o nosso objetivo primeiro que era envolver a comunidade e trazer gente a conhecer a cidade e o que ela tem para oferecer, mas conseguimos quase com custo zero lançar as raízes de iniciativas de conivência com a comunidade para fazer o património abalar para as ruas e dar início a um conjunto de Mostras do património arqueológico de Beja na cidade e com as gentes da cidade olhar para a sua construção pensando coletiva e comunitariamente como e o que se fazer com tão dinâmica construção no desenvolvimento futuro da cidade. Ao encerrar esta exposição estamos a abrir a porta a outras: daqui a pouco estaremos a expor os materiais da Casa de Moeda. No agradecimento a todos os participantes está o convite para futuras colaborações. Isto e muito mais é o que propomos dar a conhecer dia 26 de Outubro, pelas 15 horas, com a Professora Conceição Lopes Venha descobrir connosco!
Posted on: Wed, 23 Oct 2013 08:00:10 +0000

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