MÚSICA E NEUROPLASTICIDADE Estudos indicam que há diferenças - TopicsExpress



          

MÚSICA E NEUROPLASTICIDADE Estudos indicam que há diferenças estruturais entre cérebros de músicos e não músicos. Entre as diferenças apontadas estão maior volume do córtex auditivo, maior concentração de massa cinzenta no córtex motor, maior corpo caloso anterior. Estudos envolvendo neuroplasticidade indicam correlação entre tempo de estudo musical e essas diferenças estruturais. Além disso, é possível que haja um período crítico relacionado a essas mudanças, indicando uma possível correlação entre idade em que se começou a estudar música e as mudanças estruturais cerebrais. Fonte: Mike Falle/ The Globe and Mail. This is your brain on music. The science of a human obsession. Inúmeros estudos já concluíram que a música é processada em diversas regiões cerebrais. Existem evidências de que ela possa ter aplicações terapêuticas. A imagem ao lado ilustra várias das áreas encefálicas que se ativam durante o processamento musical. MÚSICA NÃO É SÓ PARA OS OUVIDOS ouvir a música do ponto de vista da neurociência. UM REMÉDIO SEM EFEITOS COLATERAIS? A música tem efeitos neuroquímicos que podem melhorar o sistema imunológico, reduzir a ansiedade e até mesmo regular o humor. A descoberta é de uma dupla de psicólogos da Universidade de McGill, no Canadá. A pesquisa aponta que certas músicas podem elevar a produção de imunoglobulina A (um tipo de anticorpo) e de glóbulos brancos, responsáveis por atacar invasores como bactérias e germes. Os cientistas Mona Lisa Chanda e Daniel Levitin descobriram que ouvir ou até mesmo tocar música pode reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e elevar os níveis de oxitocina, relacionado ao bem-estar. Isso melhora o humor e facilita as interações sociais. Músicas mais lentas com melodias suaves tendem a ser mais relaxantes do que canções com ritmo mais rápido. Para chegar a essa conclusão, Chanda e Levitin analisaram mais de 400 pesquisas que associam a música com processos neuroquímicos específicos. Vários estudos indicam que a música pode até mesmo controlar a dor. A dupla canadense propõe que médicos e terapeutas comecem a levar a música mais a sério. Chanda e Levitin esperam que a música possa ser usada como calmante antes da cirurgia. A pesquisa dos canadenses destaca que tratamentos baseados em música não são invasivos e têm efeitos colaterais mínimos. Além disso, são baratos e "naturais". Fonte: exame.abril.br; foto: fonodanischepi.blogspot Há, ainda, estudos que indicam correlação entre treinamento musical formal e habilidades linguísticas, espaciais e matemáticas. Além disso, há indícios de que a boa discriminação de altura e ritmo em música possa contribuir para boa discriminação fonológica e para desenvolvimento precoce da leitura. Também foram encontradas correlações entre treinamento musical e memória verbal, além de correlação com melhora em testes de QI. Também com relação aos possíveis efeitos do treinamento musical no cérebro, estudos com potenciais evocados indicam que a discriminação de estímulos auditivos têm maior amplitude em músicos profissionais do que em não músicos. Além das contribuições do estudo da música para o tratamento de vários distúrbios neurológicos, pode-se indicar um possível uso da música na área de educação, uma vez que há indícios de correlações entre habilidades musicais e outros tipos de habilidades, desde cognitivas até relacionadas à socialização e integração dos indivíduos. Fonte: ROCHA, Viviane Cristina da; BOGGIO, Paulo Sérgio. A música por uma óptica neurocientífica. Per musi, Belo Horizonte, n. 27, jan./jun. 2013.
Posted on: Sun, 06 Oct 2013 00:04:49 +0000

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