Na certidão de nascimento está pardo, mas por conta dos olhos - TopicsExpress



          

Na certidão de nascimento está pardo, mas por conta dos olhos puxados todos achavam que minha ascendência era asiática. Japa, Chininha, Jiraya, Jaspion, Jack Chan, Jet Li e qualquer outro epíteto com ligação nipônica ou daquelas bandas já me foi atribuído. Houve quem me chamasse de indiozinho, uma ex-namorada, e outros de Samuel Rosa. Técnico em eletrônica, já quis ser jogador de futebol e cantor. Torcedor apaixonado pelo Flamengo, perdi a conta de quantas vezes já estive no Maraca pra prestigiar O Mais Querido. No colégio pratiquei futebol de salão, handebol e atletismo. Corri no Célio de Barros em jogos escolares, infelizmente o estádio será demolido e virará apenas história. E por falar em história, adoro contá-las. Cheguei a flertar com a Engenharia na UFF, só que a Literatura falou mais alto num teste vocacional e no coração, e assim me tornei bacharel em Letras, pela UFRJ. Mas como a vida é irônica, a Literatura ficou sendo meu CPF, enquanto a tecnologia (redes de computadores e geotecnia, uma área da engenharia civil) se encarregou de ser meu CNPJ. Fui professor voluntário num pré-vestibular comunitário, lotado na Unirio, por três anos. Lecionando a matéria de Literatura Brasileira. Fui casado, não tenho filhos, plantei uma árvore e estou escrevendo meu primeiro livro, depois de participar de várias antologias, prosa e poesia, mídia impressa e eletrônica. Escrevo na Confraria dos Trouxas às terças. E durante algum tempo escrevi no 4 Pecados, blogue de textos eróticos que está parado, mas pode voltar a qualquer momento. Admirador da alma feminina, e do corpo idem, tenho nas mulheres minha maior inspiração e a força pra seguir. As mulheres da minha vida com posto imutável e vitalício são: Minha mãe, a irmã e a sobrinha, que também é afilhada. Sagitariano que não sabe o ascendente, curto programas ao ar livre, praia, ler, escrever, música, shows, teatro, cinema, barzinhos e boa companhia. Conversar nunca há de bastar. Sempre teremos sobre o que falar. Boêmio de carteirinha e folião nato, meu roteiro de blocos, apelidado de Agenda CarnaSal, é sempre aguardado pelos amigos. Toco caixa no Bloco do Sargento Pimenta, onde consigo unir as paixões Beatles e Carnaval. Amo Quintana e Machado, mas queria mesmo era ter nascido Chico Buarque. Não acredito em amor à primeira vista. E sempre que estou distraído costumo me apaixonar. Ser carioca é um prazer. E flanar pelas ruas do Rio uma necessidade. Depois de ter lido o Noturnos da Lapa, de Luís Martins, volta e meia me pego caminhando por ela, nos anos 20. Ainda não sei o que vou ser quando crescer. Dou bandeira com os olhos, e gosto de recitar poemas sem ter plateia. Choro em filmes românticos, e me envolvo com os personagens dos livros que leio. Gosto de suco de melancia e do pôr do sol do Arpoador. Moro em Laranjeiras, mas vivo na Lapa. terapiadapalavra.br/nos/andre-sal
Posted on: Mon, 10 Jun 2013 01:08:11 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015