Ninguém sabe direito o que está acontecendo. Minha timeline é um excelente exemplo: tem fora-Dilma, a moça que não vem à Copa, protestos anti-PEC37, pedidos de saúde e educação “padrão Fifa” (adorei essa), notícias requentadas pró-PSDB e pró-PT e teorias da conspiração de todo tipo (a mais frequente é a de que a Dilma está controlando o Facebook. Será que o Zuckerberg tá sabendo disso?). Como não haverá impeachment de ninguém, a Copa (e seus estádios) já está aí e a votação da PEC37 deve ser adiada para depois das férias dos deputados, acho importante ter em mente os primeiros resultados das nossas manifestações: 1. No Rio, o vereador Eliomar Coelho vai apresentar pedido de CPI Municipal para investigar contratos de ônibus. Pode não dar em nada, mas pode dar em alguma coisa. 2. Em São Paulo, o Conselho da Cidade (formado por representantes de diversas esferas) se reuniu ontem para discutir com o prefeito a abertura da caixa preta do transporte municipal, os contratos com empresas de ônibus. Tudo isso gera uma ampla discussão com a sociedade sobre transporte público 3. Haddad já sinaliza a revogação do aumento das passagens de ônibus em SP. Não é nada certo, mas, se isso ocorrer, Alckmin viverá um inferno ou baixará também os tíquetes de trem e metrô. 4. A forma de fazer jornalismo no Brasil está sendo questionada. Um jornalista foi demitido e outro se demitiu por causa dos princípios editoriais dos veículos onde trabalham (Folha e Veja São Paulo, respectivamente) e tornaram isso público. Um terceiro, editor do núcleo jovem da Abril, publicou um texto quase de denúncia contra sua editora. Caco Barcellos foi expulso de duas manifestações por ser da rede Globo. 5. Estamos em meio a um campeonato mundial, realizado no nosso país, e ninguém está falando de futebol. Mais duas mudanças listadas ontem pelo jornalista Elio Gaspari, no Globo: - O prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin subiram as tarifas e foram para Paris, avisando que não conversariam nem com os manifestantes. Mudaram de ideia. - Geraldo Alckmin defendeu a ação da polícia na manifestação de quinta-feira passada. Mudou de ideia e pacificou sua PM. Num país até então apático, parecem ser grandes coisas.
Posted on: Wed, 19 Jun 2013 12:55:25 +0000
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