No poema, Mallarmé pressente uma obra que não remete a alguém - TopicsExpress



          

No poema, Mallarmé pressente uma obra que não remete a alguém que a teria feito, pressente uma decisão que não depende da iniciativa de determinado individuo privilegiado. E, contrariamente ao antigo pensamento segundo o qual o poeta diz: não sou eu quem fala, é o deus que fala em mim, essa independência do poema não designa a transcendência orgulhosa que faria da criação literária o equivalente da criação de um mundo por algum demiurgo; ela não significa nem mesmo a eternidade ou a imutabilidade da esfera poética, mas, pelo contrário, transtorna os valores habituais que atribuímos à palavra "fazer" e à palavra "ser". BLANCHOT, O Livro por vir, p. 287-88. Trad. Leyla Perrone-Moisés
Posted on: Sun, 15 Sep 2013 16:02:34 +0000

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