Nunca defendí qualquer forma de elitismo. Não seria justo, - TopicsExpress



          

Nunca defendí qualquer forma de elitismo. Não seria justo, razoável e nem coerente comigo mesmo, já que não pertenço a nenhum tipo de elite e fazer parte de alguma amiúde implica favorecimento, o que julgo detestável. Por outro lado, sempre suspeitei de coletivismo demais, o que, em geral, corresponde à anulação dos indivíduos em prol de um bem comum que acaba se tornando o bem de uma minoria "porta-voz" dessa massa sem desejos. Mas o que me deixa louco, cá no Brasil, é que nem os absurdos são respeitados. Se há quem imagine que vivemos num sistema capitalista cruel, cuja premissa fundamental seria a competitividade desenfreada, é porque não deve atentar para o efeito atenuante do "jeitinho", que coloca nos melhores lugares quem não merece ocupá-los, que concede verbas a quem irá empregá-las tão-somente em benefício próprio e prestigia quem possui um mérito que não ultrapassa a rés do chão. Eis o nosso elitismo, disfarçado de meritocracia, a qual, aliás, de forma alguma se confunde com o elitismo. O mérito é uma conquista longa e aborrecida e não um modo de discriminação. Esta, sim, se esconde no nosso socialismo de araque, via governos "Brasil de Todos" e por aí vai, cuja premissa, sub-reptícia, lógico, é nivelar por baixo, isto é, dar chance a quem não se esforça, não estuda e nem trabalha. E não estou falando de programas educacionais como o PROUNI ou sobre o sistema de cotas raciais, os quais, apesar de questionáveis, são moralmente defensáveis. Estou falando, sim, de certas figuras que só vivem de verbas públicas, sobretudo na área cultural, desde que adotem o falatório da "cultura popular" e outras velharias do gênero, autênticos "intérpretes" da alma coletiva em verso, prosa, imagem e o que mais se possa imaginar, não obstante provenham de respeitáveis lares burgueses e, no geral, não curtam muito pegar no pesado - não esquecer que fomos o último país a abolir o trabalho escravo e trabalho duro, por aqui, ainda hoje é visto com maus olhos. Eis nossa elitizinha de idéias genéricas (miséria intelectual), bermudão, chinelo de borracha e dinheiro farto para se "socializar" com a galera. Eis o nosso sistema esquizofrênico e contraditório, comandado por nosso Estado Hobin Wood às avessas, tirando de todos para dar à poucos - desocupados, claro.
Posted on: Wed, 14 Aug 2013 23:25:27 +0000

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