O Brasil mostra as garras Forças Armadas com 5000 homens, 39 - TopicsExpress



          

O Brasil mostra as garras Forças Armadas com 5000 homens, 39 aviões e comandos reagem à ameaça da guerrilha colombiana Silvio Ferraz, de Querari Fotos Antonio Milena Comandos ocupam Querari. Pista é protegida por especialistas em luta na selva A pedra que faltava ao mosaico do general Luiz Gonzaga Lessa, comandante do Comando Militar da Amazônia, caiu em meio à reunião de Estado-Maior em Manaus. Um rádio do posto de Querari, um dos mais extremos da região conhecida como Cabeça do Cachorro, fronteira do Brasil com a Colômbia, informa que guerrilheiros colombianos planejam fazer uma provocação aos brasileiros. O alvo dos guerrilheiros seria tomar a cidade colombiana de Mitú, a 75 quilômetros da fronteira com o Brasil. Para conseguir seu objetivo, os guerrilheiros teriam de ocupar uma pista de pouso militar no lado brasileiro. Segundo relatos ouvidos pelo general Lessa, a guerrilha colombiana planejava também roubar munição, armamentos e remédios dos postos fronteiriços brasileiros. O general Lessa aproveitou o que seria uma manobra conjunta das três Armas (Exército, Marinha e Aeronáutica) planejada há muito tempo para fazer uma operação de intimidação da guerrilha do país vizinho. Movimentando os 5.000 homens sob seu comando, o general lacrou parte dos 1.644 quilômetros de fronteira com a Colômbia. Jatos AMX, turboélices Tucano, foguetes e metralhadoras quebraram o silêncio da selva num rugido sob medida para mostrar que o lado brasileiro da selva não é a casa da sogra. "Não tiram um palmo sequer do nosso território", assegurou Lessa. Além das tropas, a manobra acionou 39 aviões e uma parafernália de instrumentos de controle do vôo e hospitais de campanha que, enviados por quartéis de diversos pontos do país, chegaram rapidamente à fronteira. Tudo funcionou com precisão. No relógio do general Lessa os ponteiros marcam 2 horas da madrugada do dia 27 de outubro. É a hora H do Dia D. Da Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, decolaram quatro caças a jato AMX. Pela primeira vez atuaram na remota região de fronteira. Para ganhar autonomia, reabastecem-se em pleno ar, a 100 quilômetros de Brasília. Aviões de treinamento Tucano, adaptados para combate, saíram de Boa Vista e Porto Velho. Ainda do Rio de Janeiro, 240 homens das forças especiais, a elite da elite dos pára-quedistas, embarcaram em dois Hércules. Durante o vôo, de sete horas de trinta minutos, são informados da missão e recebem instruções. Destino: Açaí, nas vizinhanças de Querari, o provável alvo dos guerrilheiros. A mobilização foi liderada pelos batalhões de Infantaria da Selva, sentinelas avançadas do Brasil na mata, tropas cujas técnicas de combate na selva são estudadas até pelo Exército americano. Enquanto tudo isso acontecia, outros dois Hércules da Força Aérea Brasileira aterrissaram em São Gabriel da Cachoeira. Estruturas de aço, cabos, antenas de radar foram desembarcados. Um corpo de engenharia iniciou a construção de uma torre de controle para orientar o enxame de aviões de transporte, caças e helicópteros que fariam daquele aeroporto perdido na Floresta Amazônica, às margens do Rio Negro, uma base operacional. Do outro aparelho saíram mais caixas. Em minutos, um compressor de ar inflou um imenso casulo de borracha. Dentro dele foi montado o centro de controle de vôo, com uma bateria de computadores e radares ligada aos satélites de meteorologia e comunicação. O Comando Militar da Amazônia é uma força de 25.000 homens treinados para guarnecer 12.100 quilômetros de fronteira do Brasil com sete países. Um eventual ataque da guerrilha colombiana ao território brasileiro é considerado pelo Estado-Maior uma possibilidade real. O Serviço Secreto do Exército já identificou sinais de que partes do território brasileiro são consideradas objetivos militares dos insurgentes colombianos. O maior foco de preocupação são os novos comandantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc, organização militar marxista que já domina 40% do território do país. Eles querem voltar à carga contra a fronteiriça Mitú. Há um ano, a guerrilha ocupou a cidade por alguns poucos dias. Perdeu-a ao custo de pesadas baixas. Pára-quedistas do Exército colombiano usaram a pista brasileira como apoio, criando um incidente diplomático. Numa futura ação contra Mitú, parece claro para o Exército que os guerrilheiros tentariam antes tomar a pista brasileira para impedir a ação das tropas aerotransportadas colombianas. Tucanos chegam atirando sobre alvos na fronteira: 100% de acerto No campo diplomático, é fato que a guerrilha não quer saber de confusões com os brasileiros. Já as teve com o Peru e a Venezuela. Do Brasil quer, no mínimo, neutralidade. Tem até escritório em Brasília, e seu comandante supremo, Manuel Marulanda, o "Tiro Certo", já enviou emissários a cinco governadores brasileiros em busca de reconhecimento. Na selva, no entanto, a realidade é outra. Para os jovens comandantes das Farc, um contingente que reúne entre 12.000 e 15.000 guerrilheiros, o que se impõe é não deixar dúvidas de que são eles que mandam. Já o conseguiram formalmente em uma parte do território de tamanho equivalente ao da Suíça, promovendo um dos maiores êxodos da atualidade por onde passam. Nos últimos três anos, 700.000 pessoas foram obrigadas a abandonar a própria casa. De 1985 para cá, esse número alcança 1,5 milhão de pessoas. Já considerada pelas autoridades internacionais como a terceira maior migração forçada do mundo, só perderia em sofrimento coletivo para os desmontes sociais do Sudão e de Angola. Para tornar a situação ainda mais volátil, age também na região o pequeno mas atuante Exército de Libertação Nacional, ELN, que, como as Farc, é financiado pelos barões da cocaína. Como se não bastasse, outra praga: os brutais paramilitares de extrema direita, armados até os dentes pelos fazendeiros temerosos da guerrilha. Os mercenários promovem as maiores atrocidades em busca de minas de ouro e plantações de coca. A Colômbia vive sob fogo cruzado há quase meio século, uma tradição que já recebeu o nome familiar de "La Violencia". Evidentemente, do ponto de vista militar, a região é vista como um poço permanente de problemas em potencial. Mesmo que não tenha efetivo para tomar e manter largas porções do território brasileiro, o método de atuação da guerrilha assusta. Os guerrilheiros vivem em conluio com o narcotráfico e sua motivação deixou de ser política. Agem como uma quadrilha rica e bem armada. Pelas razões expostas acima, as Forças Armadas brasileiras são obrigadas a manter um portentoso esquema dissuasório ao longo das fronteiras amazônicas. Periodicamente, é preciso colocá-lo à prova. E é isso que o Exército, a Aeronáutica e a Marinha fizeram na semana passada. A fronteira com a Colômbia está fechada desde São Joaquim até Vila Bittencourt. Toda a Cabeça do Cachorro se encontra isolada. Um muro de armas e homens em plena selva amazônica. Patrulhas brasileiras reviram floresta e rios na fronteira. A ordem é atirar para matar, à menor resistência, caso encontrem guerrilheiros. Os militares querem evitar o famoso incidente de 1991, quando, na região do Rio Traíra, guerrilheiros das Farc atacaram uma guarnição brasileira, mataram três soldados e balearam dois tenentes, um cabo e um sargento. Roubaram armamento e munição. Menos de 48 horas depois, um pelotão brasileiro de forças especiais invadiu o território colombiano, fuzilou sete guerrilheiros e recuperou o armamento e a munição. Na visão dos militares, a reação do Brasil ante a ameaça vizinha tem de ser fulminante. Sempre. Na semana passada, os pilotos dos Tucano procedentes de Boa Vista e Porto Velho chegaram à região de Querari com os dedos no gatilho. Despejaram uma nuvem de foguetes nos igarapés e em outros pontos mais prováveis de penetração de tropas inimigas. Os caças a jato AMX mergulharam contra alvos hipotéticos metralhando-os com munição real. Os rastros das turbinas rasgaram os céus 80 quilômetros dentro do espaço aéreo colombiano. A parte mais crítica da manobra foi a proteção ao campo de pouso que se julga o alvo mais provável da guerrilha. Essa parte da operação ficou a cargo dos comandos brasileiros que chegaram em aviões Hércules. Sobre Açaí, uma aldeia de índios tucanos, 120 pára-quedistas saltaram com mochilas e 60 quilos de armamento pesado. Jogaram-se de 2.000 metros em salto livre. Só abriram seus parapentes retangulares pretos a pouco mais de 200 metros do solo, para evitar a dispersão. Ao tocar o solo, cada Rambo brasileiro livrou-se do equipamento de vôo e embrenhou-se na floresta. Seis horas mais tarde, os comandos atingiram as vizinhanças da pista. A ordem de atacar não demorou. Rajadas de metralhadoras deixaram uma nuvem densa e azulada na área. Em pouco tempo, os comandos deram a pista como liberada. Informados pelo rádio do sucesso da missão, os soldados do Quinto Batalhão de Infantaria de Selva chegaram a bordo de uma esquadrilha de helicópteros negros do Exército. Em seguida, aproximaram-se os deselegantes mas eficientes aviões de transporte Búfalo. Rolaram 200 metros de pista e despejaram mais 170 homens. Caso se tratasse de uma operação de combate real, a pista teria sido retomada pelos brasileiros. Tropas voaram do Rio até a fronteira em 7h30. Saltaram em queda livre e retomaram Querari em horas Ao final, a avaliação dos militares era de que nossas forças haviam mostrado as garras de modo bastante convincente. Ficou demonstrado que, ao cabo de poucas horas, as Forças Armadas do Brasil conseguem lacrar centenas de quilômetros da fronteira mais frágil do país. O trânsito de pessoas cruzando alguns pontos desse limite é intenso. Índios brasileiros têm parentes na Colômbia e vice-versa. Comerciantes realizam viagens de abastecimento a Manaus e sobem o Rio Negro até atingir o Rio Uaupés. Presume-se que o tráfico de armas para a guerrilha também siga essa rota. Por isso os militares querem ter certeza de que podem chegar com poder de fogo àquela área em poucas horas. O Exército mantém ali uma tropa em que o contingente de índios quase predomina. Com o uniforme da Infantaria da Selva, índios das tribos tucano, macu, dessano, curipaco, cubeu, guanano e baniua misturam armas modernas com mortíferas zarabatanas. Suas setas, impregnadas com curare nas pontas, matam em três segundos, sem fazer ruído. Técnicas de guerrilha vietcongue foram assimiladas e adaptadas pelo Exército brasileiro às condições da selva amazônica. "Temos de sobreviver com o que a natureza nos dá", ensina um oficial. Armamentos, munição, alimentos e remédios são estocados em imensas covas em meio à floresta, encobertas com folhas, galhos e cipós. Cada coluna de soldados que lá se abastece deixa para a próxima sinais de sua passagem por ali. Um nó em um cipó, uma forquilha virada para baixo em um galho de árvore. A dissimulação é levada a extremos. Nos postos de fronteira, intricada rede de túneis subterrâneos garante a segurança. Em caso de ataque, soldados, sargentos e oficiais tomam posição em ninhos de metralhadoras pesadas, camufladas no terreno. A maioria dos brasileiros está acostumada a ver as Forças Armadas apenas em desfiles citadinos, com armas limpas e, em geral, ultrapassadas. Vê-las em ação, com armamento moderno, táticas de combate eficientes, apoiadas por alta tecnologia, é algo novo.
Posted on: Sat, 17 Aug 2013 20:05:01 +0000

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