O INIMIGO MAIOR do amor não é o ódio. O que mais o polui, - TopicsExpress



          

O INIMIGO MAIOR do amor não é o ódio. O que mais o polui, inviabiliza, neutraliza e frusta é tudo aquilo que apenas parece amor. Por quê? Porque obscurece, ilude e cega a visão; e a pessoa se engana pensando que ama e, em verdade, somente deseja, se apega, se distrai com a curtição sensual, se contorce em tormentosas crises de ciúmes, se debate aflita no visgo da paixão. Desejo de conquistar o outro, apego a ele se já o possui, interesse no que o outro tem ou representa ser, tensão erótica nutrida pelas formas sedutoras do outro… tudo isto parece tanto com amor que a pessoa, carente de viveka (discernimento), mergulha no torvelinho emocional, do qual dificilmente consegue escapar. Cuidado com aquilo que tão-somente imita o amor e se faz passar por amor. Uma jovem, companheira nossa de peregrinação no Sivananda Ashram, pergunto ao Swami Krishnananda: “Por que todas as vezes que eu amo acabo colhendo sofrimento?” A resposta do yogui foi pronta e certeira: “Se há sofrimento, não há amor.” O sofrimento é uma inevitável consequência de tudo que simplesmente se assemelha ao amor; não consequencia do verdadeiro Amor. O que se tem denomidado amor não passa de amor-próprio, a experiência evidencia: é fonte de dramas dolorosos. O Amor, ao contrário, é a própria felicidade. É meta sublime a ser alcançada. Como? Mediante a redução gradativa do ego, ou seja, pela humildação, que minimiza a febre do amor-próprio. Hermógenes, O Essencia da Vida, p. 229
Posted on: Thu, 29 Aug 2013 04:58:44 +0000

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