O drama em aprender inglês no Brasil Publicado em setembro 28, - TopicsExpress



          

O drama em aprender inglês no Brasil Publicado em setembro 28, 2013 por guizzolandia Resposta O programa Ciência sem Fronteiras, lançado em dezembro de 2011, expôs o lado feio do ensino de idiomas no Brasil. O projeto previa a utilização de mais de 100 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio , de forma que estudantes e pesquisadores brasileiros fizessem estágios no exterior e se familiarizassem com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e informação. O que aconteceu, na prática, é que a maioria dos interessados buscou bolsas para faculdades em Portugal – por conta do idioma –, mas as faculdades portuguesas não conseguiram absorver o número de interessados. Fica evidente que a preferência por Portugal se deve, exclusivamente, porque o brasileiro não domina outros idiomas. Passados dois anos, pouco mais de 28.000 bolsistas usufruiram do projeto, sendo que 2.935 estão em Portugal, cerca de 13% do total. Por conta da baixa proficência do brasileiro em outros idiomas, a procura por vagas em faculdades inglesas, alemãs, francesas , americanas e espanholas ficou aquém do que o governo esperava – mas com o que é investido hoje na educação é difícil imaginar um cenário diferente. Em 2102, em uma tentativa de minimizar esse problema, o governo passou a oferecer aulas on-line para estudantes que atingissem nota suficiente. O problema é que, atualmente, a nota 42 no TOEFL (nível pré-intermediário para inglês) é o suficiente para o candidato estar apto a uma bolsa, mas no início do projeto o mínimo requerido era de 72 (nível intermediário avançado). O ensino nas escolas públicas é precário, mas na maior parte das escolas privadas também deixa muito a desejar. São poucas as escolas particulares em São Paulo que oferecem ensino de inglês e/ou espanhol similar ao que é oferecido para crianças que estudam em países desenvolvidos, mesmo instituições renomadas e que cobram mensalidades acima de R$2.000,00 entregam resultados pouco expressivos. Quando miramos as escolas de idiomas especializadas, a situação também não é das mais animadoras. Como o Ministério da Educação não cria diretrizes e nem fiscaliza o conteúdo ofertado, vemos diversas escolas que prometem resultados entre 12 e 18 meses formando alunos com diploma de avançado e conhecimento básico do idioma. Há escolas que não prometem resultados instantâneos, mas ensinam conteúdo para alunos do nível “intermediário” que, de acordo com Marco Comum Europeu de Referência para Línguas (CEFR) – ver quadro abaixo -, o estudante deveria ter aprendido no nível básico. E não pense que é o caso de uma escolinha de bairro, nessa situação se enquadra a maior escola de idiomas do Brasil (em número de unidades e cujo proprietário e idealizador do conteúdo e da metodologia escreveu, recentemente, livro de auto-ajuda ensinando como ser bem sucedido – certamente não é se matriculando em uma das suas escolas). Esse quadro não é nada animador para essa geração que vive em um mundo cada vez mais globalizado, mas ainda há salvação: fizemos uma pesquisa em escolas de idiomas de São Paulo para descobrirmos se alguma delas seguia o padrão internacional de ensino. Pesquisamos entre as 15 escolas melhor posicionadas em buscas no Google como “escola de inglês em São Paulo”. As escolas que ensinam conteúdo inferior ao recomendado pelo CEFR foram maioria: 10X5. O alento é que se 1/3 das instituições pesquisadas seguem um padrão internacional, quer dizer que podemos ver luz no fim do túnel. Não citaremos escolas que seguem critérios próprios e entregam resultados aquém do que o recomendado internacionalmente, abaixo estão listadas as escolas que seguem esse padrão. 1. Berlitz: Método criado pelo alemão Maximilian D. Berlitz focado na conversação entre os alunos. 2. Allumni: Organização sem fins lucrativos reconhecida pelos governos brasileiro e norte-americano. 3. Cel-lep: Divide ambientes pedagógicos para maximizar a exposição do aluno ao idioma. 4. Yázigi: Com atividades extras pela internet, volta 100% do tempo de sala de aula para prática oral. 5. Cultura Inglesa: Organização ligada ao governo britânico sem fins lucrativos com enfoque maior na gramática. Nos próximos anos teremos Copa do Mundo e Olimpíadas. A realização desses eventos em terras tupiniquins deve trazer evolução nessa área e, considerando que o governo aparenta estar empenhado para que o nível de proficiência do brasileiro suba, é esperado que esse quadro melhore drasticamente nos próximos anos.
Posted on: Thu, 28 Nov 2013 14:35:12 +0000

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