O fato de eu não obter resposta nas minhas tentativas de contato me deixaram ainda pior por conta desse acontecimento, porém, mal sabia eu que uma outra perda estaria por vir... enfim, estava depressiva, nervos a flor da pele, não comia, não dormia porque só conseguia ver o que estava acontecendo e revirando a minha vida do avesso... revoltada com tudo aquilo, eu perdí o controle e o forcei a trocar números de telefones, pra que eu realmente não pudesse mais ligar pra ele, ainda que quisesse e porventura não conseguisse me conter... eu escreví emails explosivos, e através deles, tentei externar todo o meu sofrimento e desespero por conta daquela situação, e eu sei; parece fácil quando não é com vc... então, quando eu tinha certeza de que eu não iria suportar aquela situação, fui ajudada em tudo o que estava passando, pelo meu ex marido, que ao ver todo o meu sofrimento me amparou, e de todas as maneiras tentou me ajudar a superar aquele trauma... e nisso, já estávamos no meio de fevereiro de 2004... então, os dias iam passando com a pressa de uma lesma... parecia que nunca mais eu iria me sentir melhor, mas, tentava encontrar na minha casa, nos meus filhos e no apoio do meu verdadeiro amigo de todas as horas, uma motivação pra eu me reerguer e seguir adiante, e entender como alguém poderia ser tão frio... preferia achar que era bruxaria, uma vez que não queria simplesmente desfazer a imagem que tinha dele... então, quando pensei que a minha força estava voltando, e que a vida poderia voltar a ter algum sentido pra mim... no mês de Março, inacreditavelmente, a minha casa foi destruida pela notícia do falecimento abrupto do pai dos meus filhos; num acidente de carro... e eu novamente fui ao chão; e dessa vez com muito mais força... então, tentei novamente entrar em contato com "Paul" pra lhe pedir que me ajudasse de alguma forma... que não me abandonasse naquele momento pois não sabia o que fazer e nem pra onde ir, e novamente, simplesmente não obtive resposta... e por conta disso, e de tudo o mais, se havia alguma boa impressão sobre a humanidade e sobre a bondade que algumas pessoas pregam por aí, foi destruída... eu simplesmente não conseguia digerir aquilo; era grande demais pra caber em mim... e então, sozinha, numa cidade que nem era a minha cidade natal, fiquei dependente das mãos dos outros, pois eu e os meus dois filhos, crianças na época; entramos em depressão... passamos por várias casas de parentes até que eu me recuperasse pra voltar a me manter com as próprias pernas... e nada de "Paul" e nem tampouco do seu imenso amor por mim; ainda que fosse em forma de misericórdia... Eu, quando estava mais recuperada, já por volta de Maio de 2004 conseguí falar com ele ao telefone... lhe perguntei porque ele não respondeu aos meus emails, e ele me disse que estava muito ocupado, resolvendo muitas coisas e por isso não estava nem tocando no computador... Nisso eu estava em transição de cidade, e estava decidindo pra onde eu iria... então contei tudo o que estava se passando, e por fim lhe pedí que nos perdoássemos por tudo o que houve e que ele me acolhesse naquele momento tão difícil pra mim... e ele, num fio de voz me falou:" "Eu adoraria poder, mas no momento não poderei" E eu lhe perguntei o porquê e ele não me disse de jeito algum... Então, entrei em contato com uma pessoa ligada a ele e essa pessoa me falou o porque... Ela me disse que no meio de toda aquela confusão, que "Paul" e a "Rosalva" estariam morando praticamente juntos, e que ela estaria grávida... Bem... quando ouví aquilo o chão se abriu debaixo dos meus pés... eu achei que morreria alí mesmo e de certa forma, um pedaço de mim morreu... Enquanto eu estava enterrando o pai dos meus filhos, ele estava construindo uma família sobre os escombros da minha vida... e eu simplesmente quís morrer pra não sentir a dor que eu estava sentido... Eu desejei nunca tê-lo conhecido e amado como eu sabia que amava e o amaria pela vida inteira... Então, eu resolví que recolheria do chão todos os meus pedaços... que eu os colaria e que eu superaria aquela dor, de alguma maneira... pois apesar de eu ter perdido um filho dele, eu ainda tinha dois que precisariam e muito de mim, pois não teriam mais ninguém além de mim pra contar... e tudo isso aconteceu numa sequência de apenas 3 meses... mas eu teria que sobreviver de alguma maneira...
Posted on: Wed, 31 Jul 2013 17:06:32 +0000
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