O povo continua querendo mudanças. Não se sabe quais mudanças. Isso me mata. O povo é, vez em quando, uma generalização absurda. O imaginário popular não obedece a regras estabelecidas a priori e quem sou eu npara querer interferir? Mas minha geração foi desde sempre ensinada pela TV e pelos jornais impressos a odiar a política, a demonizar a política, a quere longe de si a política. Temos tanta ojeriza que não enxergamos que esse ódio, enfim... é política. Mas é necessário que nos conscientizemos. Paraq exercermos livremente e de forma produtiva nossa aversão à "política" (que seja) precisamos de uma arena que permita dissenso, liberdade, discussão e voto. Se você acha que políticos são sempre um pouco a mais do mesmo, que são todos pílantras, que são todos ruins, tente mudar a política e não abolir a política. Tenho críticas, tenho reservas, a todo e qualquer governante. Mas paro de brincar agora se decidirmos pular fora do jogo democrático. Se houvesse uma opção mais bonita a esse jogo do que as cartas que estão na mesa, cederia de bom grado. Mas não me apresentaram, para esse momento, nenhuma viável. O risco é que a indiganação, que é justa, saia pela culatra. O risco é que os inimigos do contraditório e do dissenso ganhem o jogo. O MPL saiu das ruas. Sabíamos quem era o MPL, mas não sabemos quem ficou. A pergunta que vos faço (pergunta honesta, fruto da dúvida) é: acreditamos que a direita abandona o movimento pelo cansaço e saímos da rua, apostando em uma desarticulação natural OU devemos disputar as ruas com a direita, que inclui a mídia hegemônica, que tem o poder de manobrar a muitos? Estou cansado e confuso. Peço a ajuda de vocês.
Posted on: Sat, 22 Jun 2013 02:58:47 +0000
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