Obsessão oportunista “Em todos os casos de obsessão, a prece - TopicsExpress



          

Obsessão oportunista “Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso auxiliar de quem haja de atuar sobre o Espírito obsessor”. – Allan Kardec1 Conforme aprendemos com o Mestre Lionês2, as causas das aflições podem ser atuais e anteriores a esta vida. Os processos obsessivos, cruciantes causas de amaríssimas aflições, têm semelhantes raízes... A obsessão se espraia em forma de letal flagelo como antigamente o fazia a peste, ceifando incontáveis vidas. Tal fato se explica, em decorrência da inferioridade moral da Humanidade que, por isso mesmo, está rodeada por uma grande nuvem de Espíritos que formam a população invisível da Terra, portadora de igual teor vibratório, estabelecendo-se, então, um comércio de vibrações malsãs entre encarnados e desencarnados. Explica Kardec1 que do “(...) mesmo modo que as doenças resultam das imperfeições físicas, que tornam o corpo acessível às influências perniciosas exteriores, a obsessão é sempre o resultado de uma imperfeição moral, que dá acesso a um Espírito mau. Às causas físicas se opõem forças físicas; a uma causa moral, tem-se de opor uma força moral. Para preservá-lo das enfermidades, fortifica-se o corpo; para isentá-lo da obsessão, é preciso fortificar a alma, pelo que necessário se torna que o obsidiado trabalhe pela sua própria melhoria, o que as mais das vezes basta para o livrar do obsessor, sem recorrer a terceiros. O auxílio destes se faz indispensável, quando a obsessão degenera em subjugação, porque aí não raro a vítima perde a vontade e o livre-arbítrio. Quase sempre, a obsessão exprime a vingança que um Espírito tira e que com frequência se radica nas relações que o obsidiado manteve com ele em precedente existência”. Sem embargo, existem também as obsessões oportunistas, cujas raízes não estão fincadas no pretérito, mas, sim, no presente. Eis o que ensina o irmão José3: “(...) Muitos dramas da obsessão começam na vida presente, para somente serem deslindados no porvir, quando os envolvi­dos, através do esclarecimento recíproco, transfundirem algemas de amargor em laços de fraternidade. A obsessão oportunista é aquela que, quase sempre, se estabelece de forma sutil, com o desencarnado transformando-se, a pouco e pouco, em comensal dos pensamentos e das emoções que o encarnado lhe oferece para repasto. Por isso, a imperiosidade da vigilância e da oração, no sentido de não se tomar vulnerável às mentes desencarnadas que, ociosas, vagueiam no além-túmulo, ainda à cata das sensações de que não se desvincularam com a desencarnação. Conforme o dito popular de que “a ocasião faz o salteador”, longos e trágicos processos obsessivos, que nem a morte do corpo consegue desfazer, têm a sua origem nas defesas morais enfraquecidas de quantos se comprazem no cultivo de pensamentos licenciosos, dando asas à própria imaginação doentia. Jesus Se referiu a esse tipo de problema, quando nos advertiu que quem simplesmente olhasse para outrem, alimentando maus pensamentos para com ele, já teria, em seu coração, cometido o deslize que almejara... É imprescindível, portanto, que o homem crie robustas defesas morais contra o assalto da obsessão oportunista, não apenas suplicando a proteção dos Benfeitores da Vida Maior, mas, sobretudo, mentalizando e concretizando o bem, elevando o seu padrão vibratório no serviço desinteressado em favor dos semelhantes”. Rogério Coelho 1 - KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espiritismo. 125.ed. Rio: FEB, 2006, cap. XXVIII, item 81. 2 - Idem, ibidem, cap. V, itens 4 a 10. 3 - BACCELLI, C.A. Irmãos do Caminho. 2.ed.Votuporanga: DIDIER, 1996, cap. 33, p.p. 55-56.
Posted on: Tue, 02 Jul 2013 22:05:50 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015