Olha, não vou dizer que não dá uma dor perder o smartphone assim nesse misto de leseira minha e desonestidade de alguém que eu nem quero saber quem (porque eu acho que a pessoa pegar um negócio em cima duma mesa dentro de uma sala privada é muita falta de pai e mãe na vida, pra dizer, quando essa criatura levou a borracha do coleguinha pra casa ainda criança, que era errado, que não se deve pegar nada de ninguém.) Mas, além da lição da borrachinha, mainha me ensinou a ser Poliana e tentar enxergar o lado bom das coisas. Sim, era um vez o dinheiro investido no aparelho que eu pesquisei as funções, procurei o menor preço, só tinha há poucos meses, e blá blá blá. Agora, as fotos eu não perdi, estão todas no Dropbox, a agenda com os contatos também está salva na nuvem, então é só ir atrás de trabalhar pra comprar outro mesmo. A grande preocupação, no entanto, foi mudar todas as senhas para o pequeno larápio não usurpar informações além do celular. Daí que, ao mudar a senha do google, apareceu que a última alteração de senha foi feita há 11 meses, justamente quando, lá na Feira da Música, fui furtada. Pois bem, naquele dia foi a primeira vez que eu saia de casa depois da cirurgia, toda feliz por ter perdido 10 quilos, e da Praça Verde fui ao Estoril. Eu era doida pra ir pra qualquer coisa no Estoril, desde que fiz uma matéria sobre o patrimônio tombado da cidade. Era um monte de felicidade junta e de quebra naquela noite, eu fiquei com o Rafael, que pouco tempo depois veio a ser meu namorado. Perdi um celular, ganhei um amorzinho. Dessa vez, foi-se outro celular e eu ganhei um emprego. Ou seja, a vida tem me compensado muito bem, com juros, correção monetária e um sem-fim de sorrisos.
Posted on: Fri, 12 Jul 2013 23:35:06 +0000
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