Os sete erros do relacionamento: como evitá-los Ao se propor entrar numa nova relação, a pessoa tem que saber se está pronta. É preciso que tenha um propósito claro do que se está buscando no novo envolvimento. Identificar os erros cometidos no passado, e verificar o que é necessário mudar para que eles não se repitam no futuro, é fundamental. O final de um relacionamento costuma deixar resíduos que precisam ser trabalhados a fim de que possam ser liberados. Isso requer tempo e aceitação. É preciso perdoar a si mesmo e ao outro. Quando não perdoamos o relacionamento passado, mantemos ressentimentos que impedem que um novo amor aconteça de um modo feliz. Estar aberto(a) ao novo e não projetar expectativas no relacionamento que chega é um modo saudável de manter-se receptivo(a) ao amor e à pessoa que chega em sua vida. É preciso ter esperanças, mas não expectativas. A diferença entre uma e outra é que, quando se tem esperança, desejamos que tudo corra da melhor forma e nos mantemos abertos, fluindo com os acontecimentos, dentro da aceitação do outro e de nós mesmos. Quando projetamos expectativas, criamos uma fantasia do que deverá ser o relacionamento, criando com isso, um obstáculo à sua realização. A expectativa significa que esperamos que o outro aja de uma determinada maneira. Se isso não acontece, sentimo-nos frustrados, enganados. Ou seja, por desejarmos que o outro siga o roteiro que escrevemos para ele, somos, mais uma vez, responsáveis pela decepção que criamos para as nossas vidas. Atenção, esforço e responsabilidade são as ferramentas necessárias para fazer do novo relacionamento um sucesso. Veja, em seguida, quais os erros mais comuns de quem está recomeçando, e como evitá-los. Erro número 1: o medo do novo. Geralmente, as pessoas se dividem em dois grupos: os que se atiram ao relacionamento jogando todas as suas expectativas na pessoa que chega, e os que não querem se entregar porque têm medo de se machucar outra vez. Não existem garantias de que uma relação vai dar certo. Mas é importante ter em mente que não é porque outras não funcionaram, que vai dar sempre errado. Erro número 2: o medo da solidão. Muitas pessoas se atiram de qualquer jeito nos braços de qualquer um(a), porque não agüentam ficar sozinhas, e fazem de tudo para levar as coisas adiante de qualquer jeito. É inevitável que acabem tropeçando logo ali na frente, quando a realidade começar a se mostrar como é. Ninguém tapa o buraco da solidão de ninguém. Erro número 3: o grude Há pessoas tendem a sufocar o outro, muitas vezes, inconscientemente. A insegurança faz com que acreditem que precisam ocupar todo o espaço na vida do(a) parceiro(a),exigir sua presença constante, como uma forma de garantir a manutenção da relação. Ao contrário, quanto mais as pessoas puderem exercer a sua individualidade, mais saudável será a troca entre elas. No caso de pessoas compulsivamente sufocantes, é importante estabelecer limites para si mesmo(a) a fim de não interferir no espaço do outro e tornar-se, desta forma, invasivo(a). Toda relação precisa manter um espaço de liberdade, para que cada um possa respirar e ter oxigênio para se manter vivo. Erro número 4: a idealização. Quem está saindo de um relacionamento, ainda com feridas abertas, corre o risco de cair no excesso de idealização. A desilusão com o que passou pode fazer com que a pessoa construa uma imagem de perfeição, atribuindo àquele(a) que chega todas as qualidades que gostaria que a pessoa tivesse. O problema é que isso é irreal e não tem correspondência na prática. A idéia de encontrar alguém perfeito como uma compensação para a decepção do passado, é um erro grave que pode destruir as chances do novo relacionamento. Ninguém é perfeito e não adianta querer se iludir tentando tampar o sol com a peneira. Erro número 5: entregar o seu poder para o outro. Pessoas inseguras, com uma auto-estima baixa, tendem a sentir-se valorizadas porque alguém está gostando delas. Depositam no parceiro(a) a sua motivação total para existir e, desta forma, vivem em uma ansiedade constante, temendo que este parceiro(a) desgoste deles(as) por algum motivo. Assim, se desestruturam a cada ameaça de afastamento do outro. Uma das chaves para um bom relacionamento é ter uma boa auto-estima. Se você ainda não conquistou um bom conceito sobre você mesmo(a), mãos à obra. Somente quando estamos nos amando e apreciando quem somos, nos tornamos capazes de viver uma relação a dois gratificante. Isto significa que não atribuímos ao outro a responsabilidade pelo nosso bem estar. E, conseqüentemente, não estabelecemos relações de dependência onde o outro é colocado num plano superior, como tendo o dom de nos fazer felizes ou sofredores. Assumir o poder sobre a própria vida tira peso do novo relacionamento e permite que ele aconteça em bases mais sólidas, fundamentado na realidade. Erro número 6: a comparação Entrar numa relação comparando tudo às relações passadas é um erro freqüente e geralmente fatal. É preciso ter em mente que cada dupla é única. Em cada relacionamento os acontecimentos serão próprios, particulares, e assim devem ser avaliados. A comparação, por sua natureza, é algo negativo. Quando comparamos, estabelecemos padrões tirados de fora. Comparar é julgar, é estabelecer falsos parâmetros. Quando somos nós mesmos, sem preocupação de nos enquadrarmos nos padrões de outros, e deixamos que o parceiro(a) seja quem é, fugimos à comparação e nos permitimos viver o relacionamento que se apresenta, sem julgamentos. Quem gosta de ser comparado à outra pessoa? Ou de sentir que está com alguém que espera que você se enquadre num padrão pré-determinado de relação? Erro número 7: criar uma falsa imagem de si mesmo(a). Temendo ser rejeitado(a), não ser amado(a), a pessoa passa para o outro uma falsa imagem de si mesma, a imagem que acha que vai agradar ao parceiro(a) que chega. O problema é que é impossível representar por muito tempo, e uma hora a máscara cai e o outro irá conhecer a verdade de quem você é. Nesse momento, a relação não se sustentará e o que se queria evitar, acontece. Quem procura construir uma falsa imagem sobre si mesmo está decretando a falência da relação. Além de ser muito penoso viver na mentira, não há possibilidade de um relacionamento dar certo se não estiver baseado na confiança e na honestidade.
Posted on: Mon, 05 Aug 2013 14:19:26 +0000