PT COM AS BARBAS DE MOLHO. Talvez precocemente, o PSDB começou - TopicsExpress



          

PT COM AS BARBAS DE MOLHO. Talvez precocemente, o PSDB começou a fazer contas sobre as possibilidades de Aécio Neves vencer as eleições, derrubando Dilma Rousseff. Como a presidente não recuperou a frente que exibia antes das manifestações populares de junho, como imaginava o marqueteiro João Santana, o Patinhas, e continua ainda perdendo muito, posto que somente recuperou dez pontos (de 31% para 41%), a oposição criou musculatura. Neves, recentemente, declarou que “se ganhar em São Paulo por apenas um voto, vence as eleições”. O cálculo que ele faz tem como base Minas Gerais. Nas eleições passadas, a presidente saiu de Minas com mais de um milhão de votos à frente de Serra. Para as eleições do próximo ano, Aécio presume que conseguirá no seu estado, onde o seu poder eleitoral é imenso, entre 3,5 milhões de votos a 4 milhões; dificultará Dilma no Rio de Janeiro e a situação do Nordeste será outra. Visto à distância, como os cálculos que faz, não parece que esteja a desprezar um raciocínio lógico. Como Serra ainda crê que será o candidato e faz um périplo pré-eleitoral no País, como recentemente aconteceu aqui em Salvador, talvez para o mineiro isso não seja desvantajoso, pelo contrário. O ex-governador de São Paulo e ex-prefeito poderá fortalecer o PSDB no seu estado onde, nos últimos tempos, o partido tem perdido terreno. Aqui no Nordeste, a começar pela Bahia, a tendência é Eduardo Campos crescer, em dobradinha com Marina Silva, e tirar votos da presidente que não tem o estilo popularesco de Lula, muito pelo contrário. É o avesso do ex-presidente, que a fez chegar ao Palácio do Planalto. Campos também criará embaraços no Sul-Sudeste e poderá até chegar à frente de Aécio para uma hipotética disputa com Dilma no segundo turno. Observem que falta um ano para as eleições, melhor, 11 meses, tempo suficiente para a Terra dar voltas, invertendo até a sua rotação. A política muda, e muda muito, como, por exemplo, aconteceu na primeira eleição do governador Jaques Wagner. Na Bahia, Eduardo Campos terá o palanque de Lídice da Mata, do seu PSB, candidata ao governo, que certamente tirará votos governistas, já que ela fazia, ou talvez ainda faça, parte da base de sustentação petista, da qual se afastará definitivamente em dezembro, como já anunciou. Por ora, as pesquisas têm demonstrado que a oposição está em situação mais favorável do que o PT e se isso continuar desta forma poderão acontecer fatos imprevisíveis, o que não é anormal em política, como se sabe. Paulo Souto continua de boca fechada sobre a possibilidade de se candidatar, mas tem sido avassalador nas críticas que tece ao governo na rede social, onde passou a ter milhares de seguidores. Citei Souto porque o DEM anunciou que terá candidato próprio na Bahia, na medida em que, à sombra dos nomes que tem, a começar pelo prefeito Neto, quer recuperar a Bahia que, durante muito tempo, foi reduto do partido. O DEM quer renascer a partir da Bahia, onde já leva a vantagem de ter os dois maiores colégios eleitorais, Salvador e Feira de Santana, onde está o prefeito José Ronaldo que poderá vir a ser candidato, assim como José Carlos Aleluia. Há rumores, meros rumores, de que a oposição está em processo de desunião. Não é isso o que acontece. Os oposicionistas não podem lançar dois candidatos. Ou será Geddel Vieira Lima, do PMDB, ou um nome do DEM, dos três já citados. João Gualberto, do PSDB, poderá vir a ser candidato a vice ou a senatória. De outro modo, Geddel tem dito, referindo-se a Souto, que retirará seu nome para o ex-governador no momento em que ele disser que será candidato. Não sei se vale, de igual modo , para José Ronaldo ou Aleluia. Possivelmente não porque as pesquisas dão Geddel em segundo lugar, após Paulo Souto, desconsiderado a liderança de ACM Neto, na medida em que ele não será candidato. Este quadro baiano, a considerar – o que não é possível – que continue estático, não é nada bom para Dilma, que terá adversários como Aécio Neves e Eduardo Campos, protegidos pela ação oposicionista, com o candidato que lançar, e por Lídice da Mata, que fará palanque para ela e para Campos. Isso não significa que a presidente não sairá da Bahia na frente, mas, seguramente, terá menos, mas muito menos votos do que teve quando se elegeu. Isso deve, pela lógica, acontecer no Nordeste, que, a exemplo da Bahia, ela pode ganhar (exceção de Pernambuco) mas com uma quantidade de votos menor. Enfim, este parece – e só parece – ser o quadro no momento. Mas, como é do conhecimento, a Terra dá voltas, camará.
Posted on: Fri, 08 Nov 2013 20:36:14 +0000

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