Para inovar, o sábio reconhece que não pode desprezar uma - TopicsExpress



          

Para inovar, o sábio reconhece que não pode desprezar uma sugestão, por mais simples que pareça, e o tolo evita ouvir ideias que vêm da base. O jovem era apenas um estagiário naquela companhia, mas já estava lá havia tempo suficiente para se dar conta de que muitos processos e procedimentos eram executados não por serem necessários, mas por estarem enraizados na rotina da empresa. Foi então que, armado de coragem, o jovem procurou o gerente para sugerir uma coisa tão simples e lógica: usar as caixas dos fornecedores de produtos como embalagens para despachar suprimentos para os departamentos e filiais. Bastava colocar uma etiqueta. A prática de obrigar os fornecedores a levar embora as embalagens vinha de uma época em que essa providência barateava os produtos, o que há muito tinha deixado de ser verdade, mas era mantido por hábito. Com o tamanho atual da empresa, e a dispersão de suas unidades, a nova medida provocaria uma economia razoável, além de diminuir o desperdício. Mas quem disse que o gerente prestou atenção à ideia? Afinal, se assim era feito havia tanto tempo, devia ser por um bom motivo, não é mesmo? Além disso, a ideia vinha de um estagiário. Continua tudo como antes, e não se fala mais nisso, OK? OK. Só que a cena foi assistida por um diretor, que se deu conta de que a proposta fazia sentido e resolveu patrocinar a ideia ele mesmo, o que acabou dando supercerto. O acontecido foi colocado na reunião mensal, com o gerente fazendo de conta que não era com ele. Só que o diretor não deixou barato e aproveitou para lembrar a todos que um dos valores da empresa é a inovação, e que isso não tem só a ver com a criação de novos produtos, e sim com tudo, dos processos à comunicação. “A inovação, sendo um atributo de cultura, tem de estar na cabeça de todos”, disse o diretor. Não dá para desprezar uma sugestão, por mais simples que pareça, só porque ela partiu de um estagiário. Nesse momento, tirou do baú da filosofia chinesa a frase adequada: “Quando um dedo aponta uma estrela, o sábio olha a estrela e o tolo olha o dedo”. Ditados são para isso mesmo, para fazer pensar. Por que o gerente não prestou atenção, afinal de contas? Dando-lhe o benefício da dúvida, podemos imaginar que foi porque ele estava muito ocupado, concentrado em algo urgente. Mas, pelo desenrolar da história, dá para perceber que foi porque a ideia vinha de um estagiário, um dedo insignificante apontando algo que nem valia a pena ver o que era.
Posted on: Tue, 05 Nov 2013 17:32:45 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015