“Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente.” I Coríntios 12.31b Em João 13.34, Cristo deixa um mandamento aos discípulos: “Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”. Jesus está dizendo que a marca que identifica o cristão não é composta por milagres, cura, profecia, prosperidade, poder sobrenatural ou poder político; a marca é o amor uns pelos outros. Isso não é tão difícil, porque muitos irmãos são fáceis de amar. Outros exigem uma determinação de nossa parte, requer que exerçamos o fruto do Espírito. Mas, ainda assim, amar nossos irmãos não é impossível. Eu poderia terminar por aí, mas em Lucas 6.27-28 Jesus diz: “Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam”. Ele está expandindo o alcance do nosso amor, dizendo que devemos amar a todos, sem restrição, de amigos a inimigos. A ordem complica, ainda mais, quando lemos o original e percebemos que a palavra que Jesus usou é a famosa ágape, o amor de Deus. Por causa deste amor, Deus enviou seu filho para morrer em nosso lugar e assim fazemos parte do Corpo. Um amor inexplicável, sobrenatural. Amor que nos alcançou quando estávamos separados, quando éramos inimigos dele (Colossenses 1.21-22). Amor que age e que oferece perdão. Amor que custou um alto preço e que ao mesmo tempo é oferecido de graça. Amor maior que nossos pecados, maior que a distância que nos separava de Deus, maior que tudo que possamos fazer contra ele. Quando Jesus manda amar os inimigos, é disso o que ele está falando: refletir o amor de Deus, amar como ele amou. Meninos - Oriente MédioQuando leio histórias de cristãos perseguidos que perdoaram seus perseguidores ou homens que assassinaram seus parentes, fico sempre maravilhado. Que amor eles têm por seus inimigos! Fazer o mesmo é muito difícil. Perdoar, abençoar e fazer o bem a alguém que nos maltrata não dá, é impossível! Esse é o ponto mais importante, realmente é impossível para nós, mas esse amor é sobrenatural, é de Deus, faz parte da natureza de Deus. Nós devemos refletir esse amor, deixar fluir o que vem do alto, algo que não é nosso, que cura nossas feridas e que vai constranger nossos inimigos. Essa é uma estratégia para alcançá-los, como o Irmão André disse uma vez: “o único método cristão de destruir seus inimigos é ‘amá-los’ até se tornarem seus amigos”. É isso o que Deus faz com a gente! Em I Coríntios 12.31, após falar sobre dos dons espirituais e a diversidade do corpo, Paulo diz o seguinte: “Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente” e no capítulo 13 ele apresenta este caminho: o amor. Paulo descreve o amor e o coloca acima dos dons espirituais, da fé e da esperança. Através do amor, podemos perdoar e abençoar, fazer o bem e orar por aqueles que nos perseguem ou maltratam. Mas isso é difícil, dói. Não podemos esquecer que a fonte desse amor sobrenatural é Deus, é por isso que devemos contar com a ajuda do Espírito Santo para refletirmos esse amor. A primeira coisa que devemos fazer é orar. A Igreja Perseguida nos ensina, através de seus testemunhos a orar por aqueles que nos perseguem. Pode levar um tempo, é um processo, um mandamento, e com certeza: o caminho mais excelente. Estevão Medeiros Coordenador do underground
Posted on: Tue, 27 Aug 2013 22:41:25 +0000
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