Pensar em caminhos num dia lindo como esse ... de chuva, de prosperidade, de esperanças ... Caminhos. É bom trilhar pelos caminhos que escolhemos. Acostumamo-nos aos saberes e fazeres do nosso pacato e aconchegante caminho até que deparamo-nos com um desvio, uma bifurcação, ou com uma inesperada vontade de experimentar algo fora do comum, o que para completar o devaneio, descortina-se à nossa frente imaginativa como novas vistas deslumbrantes, que despertam nosso desejo de novas correspondências. Ainda que cause um estranhamento bastante plural, uma profusão de ansiedades, receios e inseguranças que provocam, senão desafiam o encanto e a poética dos nossos dias. Quando mudam os caminhos somos tocados por um diálogo interno entre o que está na nossa história, o que habita nossas almas e o que passará, à golpes de asas, para que esses novos caminhos sejam percorridos, junto aos que seguem conosco, e àqueles que novos rumos tomarão. Não raro, a vida adquire novos contornos, todos sublimes em experimentação, embora muitas vezes signifiquem, ou passem por alguma separação. Nós gostamos da nossa vidinha, toda ela do jeitinho que é, mas também desejamos a assinatura do novo, desejo que não cabe somente a nós, mas que acontece também com nossos pares, nossos amigos, nossos parentes, com o nosso destino inquieto. Para que a mudança de um caminho não seja excessiva em dramas é preciso acreditar que tudo que acontece tem seu preço e seu potencial de felicidade, tem um quê instigante de desafio pessoal necessário, que talvez fique mais leve se pensarmos na fluidez como determinante fator dos acontecimentos, uma certeza desprovida de lógica, pontuada na intuição que sonha e dança dentro de nós, e aceitarmos que a vida anda independente, que somos parte do todo, como uma flor, ou uma cor que apenas segue a sua forma para que exista cor no caminho, ou justamente para que exista a graça do caminho. Maria Filó
Posted on: Mon, 29 Jul 2013 11:37:55 +0000
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