Pessoal, esse o meu último artigo que eu pretendia, como sempre, publica-lo no Jornal Agora. Todavia, por questões outras, não o aceitaram. Então, pelo canhão que é o facebook, estou expondo para todos vocês. Espero que o repassem. Obrigado Alô, alô, senhor Prefeito III! Sonho meu! * Diniz Maciel da Silva Dias atrás fui visitar um amigo meu, Dr. Francisco, atual prefeito de uma cidade localizada na serra de nosso estado, identificada como Maravilha do Sul. Chegando lá, o prefeito tratou em mostrar-me o porquê do sucesso em seu governo. Eu, acostumado em conviver com prefeituras onde acontecia e, continuam acontecendo, os maiores descalabros possíveis, procurei, de pronto, identificar quais as razões de tal fato. Dizia-me ele de que, sabedor dos compromissos com seus partidários, não poderia deixar em atendê-los. Então, dentro do possível, os adaptou-os em vários cargos junto à prefeitura, dentro da normalidade política. Mas aí é que despontou o seu raciocínio de homem público em como movimentar, num compasso certo, a máquina municipal. Simples: colocou a grande maioria de seus militantes no segundo e no terceiro escalão e, na parte qualificada, que são os secretários, preencheu com técnicos capacitados para o cargo. Como, por exemplo: colocou na saúde, um médico; no jurídico, um advogado; colocou nas secretarias de obras, do planejamento, dos projetos e dos serviços urbanos, um engenheiro e/ou um arquiteto; na agricultura colocou um engenheiro florestal, um biólogo ou um engenheiro agrônomo. E, dentro desse entendimento, completou o seu secretariado. Conclusão: agradou os seus companheiros de partido e, em especial, toda a população. Deixou-me perplexo o sucesso de sua administração, onde suas praças se identificavam como um verdadeiro cartão postal; seu calçamento perfeito; suas ruas sem buracos e outras imperfeições; trânsito correto, periferia com saneamento básico, sem presença de valetas e, principalmente, uma cidade limpa. Dizia-me ele, todo sorridente, que os habitantes de sua cidade reconheciam o sucesso de sua administração face às qualidades técnicas de seu secretariado e, simplesmente, por ter aplicado um velho ditado: Cada macaco no seu galho! Tempos depois, entre uma conversa e outra, o Dr. Francisco, vaidosamente, me sugeriu visitar um município próximo, por nome de Rio Pequeno, governado pelo Dr.Magno, a fim de tentar fazer um contraponto com o seu município. Atendendo sua sugestão, instalei-me na cidade proposta e, de pronto, comecei em realizar uma análise dentro de meus conhecimentos técnicos. Sem esforço nenhum comecei em ficar intrigado com o que constatava. Ou seja: ruas sujas e cheias de lixo; praças abandonadas; caos no trânsito; problemas em postos de saúde; valetas nos bairros com esgoto à céu aberto e inúmeras ruas alagadas. Aí, em face de minha curiosidade, tentei inteirar-me o porquê desse contraste entre as duas cidades. Pesquisa aqui, pesquisa acolá, levou-me ao seu secretariado. Constatei, então, que a Procuradoria Jurídica, Secretaria da Fazenda, Secretaria da Cultura e a do Meio Ambiente possuem comandos com afinidade para seus fins. Por que será? Por que nessas não teria fundamento colocar um médico, um professor de música ou alguém sem conhecimento, face às identificações pontuais de suas áreas. Como seqüência de minha pesquisa e para meu espanto, identifiquei que grande parte dos demais secretários não acompanhava o exemplo acima citado. Eram desprovidos de qualificação técnica para os cargos que ocupavam. Constatei uma enfermeira e/ou pedagoga num lugar de um médico; advogados no lugar de engenheiros e/ou arquitetos; alguns profissionais com qualificação anônima no lugar de arquitetos e/ou engenheiros; um especialista em invasão de terras no lugar de arquiteto e/ou engenheiro e até um oceonólogo no lugar de um arquiteto e/ou engenheiro. Enfim, um festival de incoerência. Constatei, ainda, que o prefeito, Dr. Magno, achando-se mais perfeito do que prefeito, tomou essa decisão ignorando os seus resultados e frustrando os seus eleitores por mais um engodo político. Aí, meus queridos amigos, essas minhas constatações transformaram-se num pesadelo. Mas, para sorte minha, agitado como fiquei, caí da cama, e acordei! Engenheiro Civil, Engenheiro Sanitário e Urbanista
Posted on: Mon, 12 Aug 2013 02:14:00 +0000
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