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Por Gustavo Zampronho: "Há exatamente um ano estava indo ao Palácio dos Bandeirantes com minha família para tomar posse no cargo que ocupo hoje. Não imaginava o que me esperava. Várias decepções, aflições e angústias. Pude ver como o povo é sofrido e precisa de ajuda. Problemas sociais de diversas ordens que são levados a mim todos os dias. Num só plantão tenho que ser policial, conselheiro, psicólogo, pai, mãe, amigo, inimigo, simpático, rude e compreensível. É um meio em que as críticas trazem mais ibope que os elogios, talvez por ser o vidro mais fácil de ser apedrejado pelo necessitado, que não foi bem atendido no hospital, na escola, no fórum, mas na Delegacia não admite esperar para fazer um B.O. e logo esbraveja que alí só tem vagabundo e ladrão. O nosso salário reflete a importância que o Estado dá à sua segurança. A culpa não é daquele policial que, às 3 da manhã, fez cara de desanimo enquanto você contava o grave crime da cachorra da vizinha estar fazendo cocô na frente da sua casa. Entretanto, todos esses percalços são afastados quando recebo um sincero agradecimento e noto que atendi às expectativas daquela pessoa que, muitas vezes, não tem nem com quem desabafar o dissabor vivido. Já entrei em barraco de favela e em cobertura de luxo, locais em que percebi que dignidade e respeito não dependem de condição financeira. Aliás, tenho muito mais prazer em atender os pobres, porque daí que vem o reconhecimento e compreensão. Percebi também que é muito difícil não levar o problema dos outros para casa, por isso só tenho que agradecer toda minha família. Agradeço também minha namorada por entender e respeitar meus horários loucos e nada sociais, só mostra a grande companheira que é. Finalmente, tks aos grandes amigos que fiz, todos no mesmo barco e com o mesmo pensamento, QAP/QRV sempre."
Posted on: Thu, 08 Aug 2013 14:36:53 +0000

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