Quando eu tinha 6 anos de idade eu ganhei meu primeiro livro de biologia da minha mãe, era um livro da coleção Mundo Incrível que vinha com uma fita vhs junto. Cada semana quando saia uma edição nova era loucura dentro de casa, eu lembro direitinho de cada um dos livros, por incrível que pareça o meu favorito era o dos répteis, acho que talvez por eu sentir que cada vez que eu abria o livro ou assistia a fita eu superava um pouquinho do meu medo, haha. Cresci com histórias dignas de um livro de aventuras, sendo algumas delas sobre picadas de cruzeiras e mutucas assassinas de Candiota. Lembro de escorregar o corrimão da rampa da Urcamp, correr pelas semanas acadêmicas e atordoar as alunas da minha mãe né Let Bee pra me explicarem por que aquele bichinho daquele tamanho ali não era um mosquito ou uma mosca e sim uma abelha. E tanto a minha mãe quanto suas alunas sempre tiveram a maior paciência e inspiração em me explicar uma, duas, três, quantas vezes fosse preciso não só a diferença da mosca para a abelha, mas sim todos os porquês que eu carregava de forma tão irritante haha. Cresci em viagens ao museu oceanográfico e em a saídas de campo e numa casa onde as gavetas do escritório eram repletas de caixas com insetos alfinetados. Quando eu digo que eu moro numa casa com uma caixa de abelhas as pessoas me perguntam se eu sou louca e eu sempre respondo a mesma coisa: Como assim? São minhas irmãs. Bom depois de tudo isso eu só quero dizer PARABÉNS PARA TODOS OS BIÓLOGOS! EM ESPECIAL PARA A MINHA MÃE, Sidia Witter! Tenho o maior orgulho de ti e da tua profissão. Aplico todos os dias aquilo que tu me diz quando eu falo das cobras: Minha filha, respeita ela, que ela vai te respeitar. O mundo sem uma gestão ambiental adequada, coerente e sustentável não tem futuro.
Posted on: Tue, 03 Sep 2013 19:33:15 +0000
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