REVELAÇÕES PEJOTIANAS Companheiro Gerson Boaventura deu-me - TopicsExpress



          

REVELAÇÕES PEJOTIANAS Companheiro Gerson Boaventura deu-me 10. Para quem curtir darei um número para fazer revelações. 1) Quando criança Geórgia Mourão me apelidou de o destruidor. Eu tinha a prática de desmontar brinquedos eletrônicos para entender como funcionavam e depois recriar brinquedos novos a partir dos velhos. A fase dura dos 5 e até hoje. Hoje conserto quase tudo graças a essa fase que espero nunca acabar. Graças a minha mãe eu pude fazer tudo isso. Ela era a maior incentivadora da minha Scientia. Lembro que criança fundei um país aqui em casa chamado Pedropolis. Começou uma fortaleza com muralhas de livros da minha mãe e caixas, soldados de brinquedos e canhões invisíveis, em um canto da sala de estar. 2) Sempre amei ciência muito mais que religião, ciência me da norte, me dá ferramentas pra tentar sobreviver no mundo. Fiquei logo viciado no Macgyver, Indiana Jones, Inspetor Buginganga, e na séria O Professor da TV Cultura. Queria virar cientista. As ciências exatas eram fáceis demais e eu queria aprender a viver melhor e a lidar com as pessoas, escolhi as Ciências Humanas pelo desafio que são e pq eu precisava me humanizar. No auge da fase cientista maluco cheguei a criar um chapéu guarda-chuva antes de serem inventados os primeiros, e carros de autorama que corriam sem autorama (loucos pelo meio da casa).... paguei um alto preço por pensar a frente do meu tempo. ¬¬ kkkkkkk 3) Eu era um adolescente problemático cheio de raiva e revolta. Eu tinha alma de um terrorista. Durante anos me alimentei dela e ela de mim. Um dia eu decidi que a raiva e a revolta seriam minhas escravas. Hoje sou sereno e aprendi a domar a tempestade que existe em mim. Os livros Tao te ching, Arte da Guerra, e o O príncipe foram fundamentais pra isso. 4) Trabalhei em quase tudo que um adolescente pode trabalhar, entregador, officeboy, animador de festa infantil, técnico de informática, caixa, chapeiro, vendedor de TV a cabo, vendedor de telemarketing, cambista (ocasionalmente). Todas as experiências foram úteis pra mim e aprendi muito com todas, e aprendi a dar valor ao meu suor. 5) Eu tirava notas boas, estava entre os 5 melhores da sala, mas não fazia muito esforço pra isso. Achava as aulas inúteis pra vida. De fato eram. Eu era bagunceiro, respondão, encrenqueiro, língua de trapo, e atrevido. Fui o melhor inventor de apelidos pros outros, ainda hoje essa habilidade é útil. Como eu era seco em vida (só a cabeça) apanhava feio, mas me orgulhava de ter dado pelo menos um murro. E a vantagem de ser magro era a velocidade. Sempre amei velocidade, mas detesto altura. 6) O desafio sempre me seduziu. Se alguém disser que eu não consigo fazer algo, acabou de me dar uma motivação tremenda pra conseguir. O desafio é a minha energia (Estilo garoto-petrobrás). 7) Eu tinha medo de ficar sem minha mãe, de ser igual ao meu pai, de morar só, de ficar pobre, e de encarar a morte. Tudo isso já aconteceu e eu superei. Hoje não tenho esses medos. Só ficou um, o medo de não tentar lutar e de não ser feliz. Eu sempre fui meu pior inimigo, mas cedo percebi isso e me moldei aos poucos, e todo dia moldo um pedaço novo de mim. 8 ) Meus amigos foram uma segunda família, devo muito a eles. De certa forma eles me ajudaram a me educar e eu a educar eles. Tive sorte de ter bons amigos, se não tivesse tido eles por perto as coisas talvez fossem diferentes. With little help from my friends. 9) Já frequentei muitas religiões, pensei em ser padre e até me preparei para o seminário. Queria ajudar as pessoas, mas religião não salva ninguém. A salvação é individual, cotidiana e silenciosa. Hoje sou ateu, mas acredito no Deus que vive dentro de cada um. A salvação não é ir para o céu, é sair da ignorância, do medo, do preconceito e das mentiras que cegam a nossa razão. 10) Não acredito em reencarnação, mas nesses anos de vida eu já morri e renasci umas 5 vezes. A cada baque que levei e cai eu me recolhi e virei cinzas. Das cinzas renasci novo, mais esperto e mais perigoso. Esse ano pensei que ia morrer ou virar mendigo, passou raspando. Mas estou aqui insaciável, tranquilo e feliz. Meu sonho hoje é ser pelo menos a sombra da pessoa que minha mãe foi. Ela era uma amiga, uma mestra, uma líder, uma pessoa generosa, e o maior exemplo vivo de superação que já vi. Todos os trabalhos que faço são e serão sempre dedicados a memória dela. 11) Bônus - Para dar aula sem ser chata eu inventei um personagem e a minha didática em sala é baseada em alguns elementos bem simples: Na aula que o Seu Madruga deu na sala do Chaves, na aula de direito do Prof Gil Broder (O Away de Petrópolis), na apresentação do Achmed the dead terrorist, e principalmente... Eu busco traduzir a ciência para as pessoas. Eu sempre digo que a pior doença não é o câncer, a aids, nem o H1N1. A pior doença é a ignorância, silenciosa, traiçoeira e cruel, ela mata sem fazer alarde. Nós já nascemos com elas e não tem cura, só tem tratamento, que é para o resto da vida. Fico imensamente feliz em poder ajudar as pessoas se curarem dela, porque quando eu ajudo os outros eu me ajudo também. Ps.: Participei desse corrente para mostrar que sou humano, demasiadamente humano.
Posted on: Tue, 26 Nov 2013 04:47:02 +0000

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