Rompendo barreiras para uma efetiva formação - TopicsExpress



          

Rompendo barreiras para uma efetiva formação profissional Publicado em 18 de July de 2013 - 10:10h Artigo: Walter Vicioni Gonçalves Um tema em destaque na imprensa, na esfera governamental e, principalmente, nos setores de recursos humanos das empresas é a falta de profissionais. Muitas pesquisas colocam em evidência a necessidade premente de trabalhadores especializados e engenheiros. O que está ocorrendo na preparação de novos profissionais? No Brasil, a política de formação profissional – incluída a formação de nível superior – padece do mesmo mal que acomete o ensino médio, ou seja, crise de identidade. Vejamos o porquê dessa crise. De forma abrangente, a formação profissional tem o papel de preparar o jovem para o trabalho e, portanto, deve manter vínculo direto às oportunidades do mercado, desde trabalho de níveis de qualificação mais elementares até os de níveis mais sofisticados. Entretanto, implantam-se políticas de formação com objetivo principal de universalizar oportunidades de profissionalização, ampliando-se vagas, mesmo que elas, em inúmeros casos, ultrapassem, de longe, as oportunidades de trabalho existentes na economia e as possibilidades dos fluxos demográficos e escolares. Há, ainda, políticas de formação profissional voltadas à inclusão social, cujo objetivo não declarado é servir de amortecedor aos apelos e às tensões sociais,ou ainda aquelas que são estabelecidas como meio de mascarar uma educação geral insuficiente. Não haveria essa crise de identidade se a política de formação profissional fosse estabelecida levando em conta foco e instrumentos de planejamento e controle específicos. Para esse planejamento, é fundamental uma base de dados referentes ao mercado de trabalho. Distribuição espacial do emprego, processos de produção, tecnologias consagradas e emergentes, formas de organização do trabalho e perfis profissionais são elementos essenciais para estabelecer estratégias de onde e como oferecer a formação profissional. Também é preciso conhecer quem é o aluno, suas habilidades linguísticas, lógico-matemáticas e espaciais. A partir desse conhecimento, é possível planejar o necessário reforço e a complementação, principalmente na área de ciência e tecnologia. Essa é a base para adentrar num novo mundo de conhecimento, como nanotecnologia, que tem presença crescente em muitos processos de produção industriais. Ainda, é preciso planejar de que forma realizar a formação profissional, organizar os ambientes de ensino, desenvolver a capacitação que transforma profissionais em docentes, conquistar a valorização e o reconhecimento da metodologia do aprender fazendo. É necessário, também, revalorizar estratégias não escolares de formação profissional, que conduzam à flexibilidade para atender às mudanças de conteúdo geradas pelo avanço tecnológico. Mas esse planejamento só estará completo se inserido no contexto de um Plano Estratégico de Desenvolvimento, que mostre rumos e estratégias para que as diversas esferas da sociedade, articuladas e em relação de mútua dependência, superem desafios. As políticas de formação profissional terão sua efetividade maximizada se vinculadas a um Plano de Nação. Walter Vicioni Gonçalves Superintendente do SESI-SP e Diretor Regional do SENAI-SP
Posted on: Thu, 25 Jul 2013 10:54:06 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015