‘Rosas de Delos’ por quê? Relatam os historiadores e afirmam - TopicsExpress



          

‘Rosas de Delos’ por quê? Relatam os historiadores e afirmam os dicionaristas do mundo inteiro que a pequena ilha de Delos (do grego Δήλος, Dilos), situada aproximadamente no centro do grupo de ilhas do Mar Egeu conhecido como Arquipélago das Cíclades, era considerada berço de Apolo (do gredo Ἀπόλλων) e de Artemis (do grego Άρτεμις), deuses da antiguidade clássica. Era o santuário mais importante do período Pan-Helênico – entre os anos 900 a. C. e 100 d. C. – sendo um centro jônico exuberante e florescente, chegando a ser destacado, inclusive nos dias de hoje, como um lugar de solo sagrado, protegido com as reverências de um ambiente místico, solenemente religioso, cuja história, descrita com tintas dramáticas de amor e mistério, está intimamente ligada às relações de Apolo – o deus do sol – com Artemis – entidade mitológica relaciona aos poderes influentes da luz da lua, provedora da caça no cenário suntuoso das florestas. A sagrada Ilha de Delos, que os milhões de turistas do mundo inteiro procuram para satisfazer a curiosidade com os olhos superficiais da carne aquilo que só os olhos da alma diante da história podem enxergar, é surpreendentemente pequena, rochosa, granítica, desértica e banhada de luz do amanhecer ao anoitecer, pois ali nenhuma montanha ou vegetação produz sombras que possam abrigar qualquer desejo de permanência no local. Já em meados do século VI a.C., os atenienses tomaram posse de Delos e das ilhas vizinhas. Foram ordenados a remover todos os corpos enterrados na ilha e enterrá-los na ilha vizinha. Desde então não foi mais permitido na ilha as mortes e os nascimentos, por considerarem isso uma profanação a um lugar sagrado. Sendo assim, as mulheres grávidas perto de dar a luz e os enfermos graves eram habitualmente levados para as ilhas próximas. Nos casos em que não era possível evitar esses acontecimentos, todos os habitantes eram obrigados a sair por vários anos, de modo que a ilha fosse purificada e possibilitasse o retorno dos exilados. Em 1873 arqueólogos franceses começaram as escavações que desenterraram um amplo setor onde um dia existiu uma cidade completa, elegante, rica e influente. As ruínas revelaram, esparramadas por toda a ilha, pequenos templos dóricos e jônicos, portos, mercados, ginásios, teatro, praças e imponentes residências edificadas pela cultura greco-romana. As casas exibiam salas circuladas por colunas de mármore e o assoalho adornado com mosaicos que resistiram em ruínas ao passado glorioso e florescente. E foram justamente a prosperidade da ilha e as relações comerciais com o Império Romano a causa principal de sua destruição. Delos foi atacada e saqueada duas vezes: em 88 a. C pelos inimigos de Roma, e mais tarde, em 69 a. C., pelos piratas aliados aos inimigos da Grécia. A partir de então, a ilha foi sendo abandonada gradualmente, vendo seu declínio chegar melancolicamente antes do tempo. Hoje em dia, as ruínas de Delos, de Delfos e Olimpia são umas das mais importantes heranças arqueológicas do mundo grego. Delos é um verdadeiro museu arqueológico ao ar livre, com muito para ver, pensar, inspirar e comover. E desde o século XVII da nossa era, um número cada vez mais crescente de pessoas visit a Ilha de Delos, atraídos pelo seu venturoso passado, agora em ruínas. Delos foi declarada Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco em 1990. A despeito de tudo, a Ilha de Delos – completa e obrigatoriamente desabitada – é um santuário natural onde se respira historia, mitologia, ciência, arte e cultura por todos os cantos desse templo de meditação. Assim, por volta de 2008, comecei a meditar em torno de uma viagem imaginária a ser feita de muito mais do que de simples cartões postais, imagens e fotografias de Delos, antes feita de jardins com rosas ressuscitadas dos escombros, de veredas iluminadas pela luz abundante do céu mediterrâneo, de recantos embriagados de aromas inalados por deuses transeuntes e de canteiros suspensos e povoados de sensações de um passado que nunca se extingue na mente de um poeta, uma viagem a ser feita com a intenção de transportar um pouquinho da Ilha de Delos para a minha realidade cotidiana, mesmo que feita de sonhos possíveis no sonho da realidade de meus leitores. E foi pensando nas entidades mitológicas das musas a quem atribuo, como na Grécia Antiga, a capacidade de inspirar a criação artística ou científica, que me desembaracei de todos os preconceitos criados pela timidez e dei vazão à obra de construir as minhas ‘Rosas de Delos’, dispondo de meu coração como local de cultivo e preservação da arte e da ciência de promover o renascimento de rosas de entre as ruínas de jardins abandonados em algum lugar remoto da História... Afonso Estebanez Stael (Fonte: WikipédiA)
Posted on: Mon, 02 Sep 2013 03:02:03 +0000

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