SOBRE 2013 E PONTO CORRIDOS Stefano "Poke" Marchesini Analisando alguns dados do campeonato brasileiro de pontos corridos (via Futdados), desde o seu início em 2003, fica evidente o quanto o campeonato preza por times que se estruturam e planejam durante toda uma gestão. Dentre os sete maiores pontuadores, apenas o Internacional (RS) não foi campeão nesse novo formato de campeonato – e com controvérsias em relação ao título do ano de 2005. São Paulo (3 títulos), Cruzeiro (1 título), Internacional (nenhum título), Santos (1 título), Fluminense (2 títulos), Flamengo (1 título) e Corinthians (2 títulos) são os times de melhor pontuação na “nova era” e não por coincidência são, hoje, os times que mais investem e planejam no futebol brasileiro – com exceção do Flamengo. Começando por um bom trabalho nas categorias de base, passando por ótimos CT’s, bons profissionais em cargos administrativos e uma gestão transparente. Dados e mais dados, números e mais números, tudo que sustenta uma forma de campeonato moderno, justo e – ao contrário do que muitos andam dizendo por aí – muito emocionante. Apesar da teimosia dos cartolas do futebol brasileiro em aceitar mudanças, o crescimento desse mesmo futebol é visível após adotar o sistema de disputa que há anos perdura na Europa. E falamos de um crescimento a passos largos: números de patrocínios, sócios e mais variávei$. E aos defensores do sistema de “mata-mata”, resta o quê? Resta o saudosismo de um campeonato onde um time menos estruturado pode chegar ao título. E aos trancos e barrancos, contando com fatores que muitas vezes pode vir de meios não tão legítimos, por exemplo, erros de juízes e “canetadas” de dirigentes mal intencionados. Dois fatos: aos que alegam que “falta emoção” ao campeonato de pontos corridos, opções não faltam: estaduais, Libertadores, Copa do Brasil, Copa Sulamericana e o Mundial de Clubes. Esses mesmos que alegam a “falta de emoção” não devem saber como é sufocante ver o time do coração sofrendo seus ápices, seja numa briga por título, em que você conta cada minuto para o próximo jogo, ou na briga contra o rebaixamento, onde cada jogo é um filme de terror digno de Oscar. Mas o que todos entendem como problema é a disparidade do Cruzeiro esse ano, em relação aos outros times. E isso é justamente isso que todos deveriam entender como equilíbrio! O clube celeste, mesmo sendo parte do “terceiro escalão” em relação ao dinheiro investido por cotas de TV e patrocínio, consegue brigar, de igual para igual, com clubes que chegam a receber o dobro desse mesmo dinheiro, como Corinthians e Flamengo. E apesar disso, dentre todas as edições, o Cruzeiro é o único time que não faz parte dos estados de São Paulo ou Rio de Janeiro a conquistar o campeonato! Um feito digno de méritos e que deveria ser valorizado por quem faz o futebol (cartola, dirigentes, mídia) e não o contrário. É complicado estabelecer verdades, mas não há dúvidas que o sistema atual do campeonato brasileiro deve permanecer. E o torcedor é parte importante para que isso se mantenha: melhorando anualmente a média de público, investindo mais no futebol – se tornando sócio, por exemplo – e deixando de lado a opinião de saudosistas. #19PontosEContando para o TRI do Cruzeiro. E que venham tantos outros títulos, ganhos por mérito de uma equipe que apresenta toda uma estrutura para isso. Saudações Celestes!! -
Posted on: Fri, 04 Oct 2013 11:36:26 +0000
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