SOBRE O CASO PESSEGHINI... Fiquei sabendo tardiamente sobre o - TopicsExpress



          

SOBRE O CASO PESSEGHINI... Fiquei sabendo tardiamente sobre o assassinato da família, e fiquei tão intrigada que, desde então, passei a acompanhar o que tem sido veiculado pela mídia. De imediato, fui atrás de saber o que foi dito sobre Marcelo, o menino de 13 anos, que figura até agora como uma das principais suspeitas. A primeira coisa que me chama a atenção é que os perfis dados para ele são controversos: há depoimentos (família, escola, vizinhos) que atestam que ele era uma criança de fácil relacionamento e que não apresentava sinais de frieza evidentes ou quaisquer outras características que o colocassem em situação de risco. Não que seja impossível a um garoto de 13 anos chacinar a família a sangue frio, pois, em se tratando de comportamento humano, não se sabe até onde podemos ir... mas, pergunto eu: será que essa criança não apresentou indício NENHUM de algum comportamento anti-social, que chamasse atenção de familiares e, principalmente, da escola? É aí então que é apresentada uma outra versão de Marcelo, a de um menino que sabia dirigir e atirar, vivia isolado, tinha várias armas de brinquedo, jogava Assassin’s Creed e, segundo um amigo, tinha como sonho ser um “matador de aluguel”. Tirando o depoimento do colega da sala, que merece um olhar mais dedicado, me pergunto: ora, esses dados configuram, de fato, algum INDÍCIO que incrimine realmente Marcelo? Sim, porque não é novidade que 1) Muitos – repito, MUITOS – pais têm o maior prazer em ensinar os filhos a dirigir ainda cedo, crianças inclusive, e até chegam a lhes dar a chave do carro. Depois, 2) Ele gostava de armas. Me pergunto, qual criança/pré-adolescente/adolescente não tem atração por armas? Voltando brevemente à minha infância, lembro do fascínio que meu irmão, primos e vizinhos tinham em brincar de “polícia e ladrão”, dar tiros de brincadeira e afins. Inclusive, chegávamos a ser ainda mais perversos, pois matávamos lagartixas e outros animais mais indefesos. E no caso de Marcelo há ainda um fator facilitador, que é o de tanto sua mãe quanto seu pai serem policiais. Também é sabido que muitos filhos enxergam seus pais como figuras de referência, e passam inclusive a imitá-los e querer a mesma profissão deles. Sobre o jogo do videogame, entra no mesmo mérito das brincadeiras agressivas, que, acredito eu, tanto crianças quanto adolescentes gostam, e isso não necessariamente apresenta relação alguma com o fato ocorrido. Não estou afirmado nem negando nada, é muito difícil emitir um parecer sobre um caso assim e, além de tudo, com base no que vemos na televisão e internet: vale dizer também que as notícias são, majoritariamente, atravessadas pelo sensacionalismo e por uma tendência a manipular a grande massa, o que atrapalha as investigações e a isenção dos que estão tratando do caso de perto. O que quero defender é que, diante de fatos como esse, é necessário exercitarmos sempre o artifício da dúvida, pois histórias macabras (“queima de arquivo” é uma possibilidade, dentre tantas outras) podem ser encobertas com as desculpas mais esdrúxulas possíveis. Penso que a polícia foi infeliz em apontá-lo como principal e ÚNICO suspeito do assassinato, levando em conta o refinamento do crime e a maneira como foi executado. Foram mais infeliz ainda ignorando que o menino tem como pais 2 policiais, que trabalham em uma instituição pra lá de corrupta, como já estamos escandalizados de tanto saber. Agora é esperar o desenrolar da história, TENTANDO manter imparcialidade e, obviamente, torcendo para que um crime tão misterioso como esse seja, de fato, elucidado com o máximo de clareza e com respeito à família que ainda restou...
Posted on: Wed, 14 Aug 2013 01:18:34 +0000

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