Sinal dos tempos e dessa tal da convergência de mídias; eis que meu Festival do Rio | Rio International Film Festival não só começou nem planejamento nenhum, como não veio da leitura da programação (eu mal abri aquilo até agora), e sim duma dica, como ainda por cima nem começou com cinema. Mas com televisão. E que televisão, meus amigos. A trajetória de Harris Glenn Milstead, batizado de Divine por seu amigo-vizinho-diretor-mentor-padrinho-irmão-camarada John Waters, desde o bullying pesado na infância em Baltimore até a morte mais pacífica do mundo, e que recheio de quatro décadas. Montagem leve, precisa e hilária, com um ou outro escorregão (a cena del@ no palco empurrando um carrinho de supermercado cheio de peixes não coincide com o depoimento que narra a cena e tem pouquíssimos frames, mas sabe-se lá quantos frames eles tinham, né?). Prova de que as maiores revoluções talvez sejam as que passam com mais leveza e mais despercebidas pelo mainstream, que vai sendo levado na conversa, amaciado aqui, aviltado ali, subvertido acolá, até que pimba, não é mais underground: já é Hollywood. Tudo bem, não é denso como o doc arrasador dos Dzi Croquettes, mas ainda assim faz jus ao homenageado. É divino. Ou divina. Decidam aí, mas acho que ele/a gostaria que ficassem com os dois. Brigadão pelo lembrete, Julia Morena. :D youtube/watch?v=AUiX5Llrb58
Posted on: Sat, 28 Sep 2013 05:19:14 +0000
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