Sobre o Passe Livre em Jaboatão Nunca na história da humanidade a ampliação de direitos para os estudantes e para a classe trabalhadora se deu de forma tranquila, sem embates, sem pressão popular. Esse fato não poderia ser diferente em Jaboatão. Nos dois últimos meses tivemos 3 reuniões da Comissão do Passe Livre no nosso município. Comissão essa formada por movimentos sociais e representantes da Prefeitura. Os debates entre movimentos sociais, estudantis e a Prefeitura vinham acontecendo de forma bastante propositiva. O Comitê Popular de Luta por Jaboatão até formulou uma proposta que ao mesmo tempo amplia direitos e respeita a viabilidade econômica do município, diminuindo o impacto orçamentário do Passe Livre de R$ 15 milhões/mês para R$ 3 milhões/mês, onde a prefeitura e principalmente as empresas absorveriam esse custo. Os estudantes beneficiados imediatamente seriam todos do ensino fundamental, médio, técnico e do EJA de escolas públicas e particulares que atendessem ao critério de baixa renda contido no Decreto nº 6135. Pensávamos que a Prefeitura estava disposta a pelo menos se aprofundar nas discussões para uma posterior implantação do Passe Livre dentro da realidade do município. Isso sem embates políticos e mobilizações. No entanto, as últimas ações da Prefeitura mostram um elevado desinteresse pelo tema. Nenhuma das ações que a Prefeitura deveria promover nesse último mês( envio da planilha de custos do sistema de transporte para os movimentos sociais, continuidade das reuniões quinzenais, abertura de uma dotação orçamentária na Lei Orçamentária Anual para custear Passe Livre ano que vem; a solicitação que deveria ser enviada pelo secretário de transportes Durval para o sec. de educação referente ao mapeamento da distância entre as escolas e as residências dos alunos beneficiados (algo totalmente desnecessário ao meu ver, pois limita o direito do passe livre a simples trajetória casa - escola). Na última semana liguei para a secretária de políticas sociais integradas da Prefeitura de Jaboatão Karla Menezes solicitando a planilha de custos e a data da próxima reunião. Amanhã terei o retorno dessas informações conforme ela me garantiu hoje. Atualmente essa planilha se encontra com a gerente de mobilidade urbana Lúcia Recena. Estava tudo combinado para ela nos passar essa planilha a 1 mês e até agora nada. É evidente que o secretário de infraestrutura Evandro Avelar está impedindo esse repasse de informações. Na última conversa com Lúcia ficou muito claro isso. Ela disse que obedece ordens e se reporta a ele. Na minha visão, foi notório o desconforto do secretário Evandro Avelar em lidar com um contador, um advogado e uma estudante de serviço social nas últimas reuniões. Ele não imaginava que os movimentos sociais de Jaboatão tinham técnicos engajados na luta. Além disso, ele imagina que não repassar informações pode enfraquecer os movimentos, mas ocorre justamente o contrário. Os movimentos sociais e estudantis jamais se acovardarão da luta. Essa luta tem todos os ingredientes de uma luta de classes. Enquanto a gestão Elias Gomes se orgulha em aplicar R$ 800 milhões na engorda da praia (área elitizada de Jaboatão), -tendo diversas comunidades periféricas sucumbindo sem saneamento, água e segurança - e em retirar vários direitos dos servidores públicos em tempo recorde (classe trabalhadora), nós continuaremos lutando pela implantação do Passe Livre em Jaboatão, pois o poder emana do povo! Maiores informações sobre as reuniões da Comissão do Passe Livre jaboataoemfoco.br/ver_coluna/153/Relatoria_da_segunda_reunião_da_Comissão_do_Passe_Livre_de_Jaboatão.html
Posted on: Tue, 19 Nov 2013 03:34:45 +0000