Submissão de Hollande à Troika faz o desemprego atingir - TopicsExpress



          

Submissão de Hollande à Troika faz o desemprego atingir 11,2% Já são 3,279 milhões desempregados, sem contar os demitidos de longa data, de acordo com dados do governo. Centrais sindicais convocam jornada de greves e manifestações para 10 de setembro A taxa oficial de desemprego na França subiu pelo 26º mês con- secutivo, alcançando novo recorde de 11,2% em junho, anunciou o ministro do Trabalho, Michel Sapin, confirmando o fracasso do presidente François Hollande na suposta “primeira prioridade do governo”, “sua batalha pelo emprego”. O número de desempregados oficial – que é bem menor que o real – chegou a 3,279 milhões de pessoas em junho. A França praticamente não cresce há dois anos e está em recessão, após quedas no PIB no último trimestre de 2012 e no primeiro de 2013. Contra o desemprego, e as mudanças na lei trabalhista que facilitam as demissões e cortes de salário e direitos, as principais centrais sindicais francesas, a CGT, CGT-FO, FSU e Solidaires convocaram uma jornada nacional de greves e manifestações no dia 10 de setembro. Não surpreende que a popularidade de Hollande, que se elegeu prometendo rever o arrocho de Sarkozy e retomar o crescimento da economia e do emprego, mas se manteve como um apêndice da política da Troika FMI-Merkel-BCE de “austeridade”, tenha caído 30 pontos. A última medida de Hollande foi comunicar que iria cortar até 2014 mais 14 bilhões de euros dos gastos públicos para se adequar à meta de “déficit público” imposta por Berlim para que sobre mais dinheiro para os bancos. Um mês antes, o desemprego oficial estava em 10,8% - mas inclusive é ainda maior quando se acrescenta os desempregados de longa data (considerados excluídos da força de trabalho) e os que fazem bicos, chegando a 18%. Mais grave ainda é o desemprego entre os jovens de menos de 25 anos, que segundo os dados do instituto de estatística francês (Insee), é de 26%, mas atinge até 40% em algumas regiões. Um número estimado de 1,9 milhão de jovens franceses com idade 15-29 anos são conhecidos como NEETs – “nem emprego, nem escola, nem treinamento”. Esse quadro na França ocorre em meio à recessão na zona do euro, que já se estende por um ano e meio e ultrapassou em duração a da crise de 2008-2009, segundo os dados do Eurostat, o órgão europeu de estatística, que assinalou que no primeiro trimestre do ano o PIB da área encolheu -0,2% em relação ao trimestre anterior, e -1,0% em relação a igual período do ano passado. A recessão também atingiu o conjunto da União Europeia, de 27 países, cujo PIB se retraiu -0,1% no primeiro trimestre do ano, e -0,7% em relação a um ano antes. SALÁRIO E DIREITOS A CGT denunciou que o governo Hollande “abdica a cada dia diante dos mercados financeiros”, assinalando que “sem a ação coletiva, sem a irrupção do mundo do trabalho na cena social, não poder haver mudança positiva”. “Os salários, os direitos mínimos sociais e as aposentadorias estagnaram ou estão regredindo. O desemprego continua sua alta insuportável”, destacou a central, apontando ainda o abandono a que a juventude vem sendo relegada, os ataques às aposentadorias, o agravamento das desigualdades e a intensificação da precarização e da miséria. “O trabalho não é um custo, é uma riqueza”, alertou a CGT, acrescentando que é urgente “melhorar o poder de compra dos salários e criar empregos”. A central voltou a reiterar que “os meios para relançar a economia” existem, mas são desviados para “o aumento do pagamento de dividendos que não cessa de aumentar em detrimento da remuneração do trabalho e dos investimentos”.
Posted on: Sun, 28 Jul 2013 19:43:28 +0000

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