TRADUÇÃO DO TUPI PARA O PORTUGUES A: cabeça, coisa - TopicsExpress



          

TRADUÇÃO DO TUPI PARA O PORTUGUES A: cabeça, coisa arredondada; também, semente, raiz AARU: espécie de bolo preparado com tatu moqueado, triturado em pilão e misturado com farinha de mandioca. ABABÁ: tribo tupi-guarani que habitava as cabeceiras do rio Corumbiara (MT) ABAÇAÍ: a pessoa que espreita, persegue, gênio perseguidor de índios, espírito maligno que perseguia os índios, enlouquecendo-os. ABAETETUBA: lugar cheio de gente boa; abá (homem) + eté (muito bom, verdadeiro) + tuba (abundância) ABAÍBA: noivo, namorado ABANÃ: (gente de) cabelo forte ou cabelo duro -ABÁ NHEENGA, ABANHEÉM, ABANHEENGA, AVANHEENGA, AWAÑENE: língua dos índios, língua de gente, a língua que as pessoas falam ABARÉ, AVARÉ, AWARÉ: padre ABAREBÊBÊ: de homem distinto que voa, o padre voador ABAPY: pé de homem, aba (homem, índio, pessoa) + py (pé) ABAPORU: aba-poru homem-comer (homem que come gente, antropófago) ABATI, ABATÍ: milho, plantação de milho / abatiy vinho de milho / auati, avati gente loura, que tem cabelos louros (como o milho) ABEQUAR: homem que voa ABIRÚ: cheio, repleto, farto, gordo, cheio de comida ABOÇÁPECAÚ: nome de uma taba encontrada na ilha pelos primeiros conquistadores. Aboçá é corrupção de imbiaçá que vem de mbé - açaba - a saída do caminho, o porto; peca significa pato e U significa, água, rio. Donde temos aboçá-peca-u ou mbê-açaba-peca-u que se transformou no massiambú de nossos dias e que interpretamos caminho do rio do pato. ABÓI: minhoca ABUNÃ: comida com ovos de tartaruga-da-amazônia AÇÃ: gritar ACAMIM: uma das espécies de pássaros; uma das espécies de vegetais ACANGATARA: cocar, enfeite de cabeça, espécie de coroa de penas de cores vistosas, usada nas festas das tribos. ACARÁ: denominação da garça branca, garça, ave branca AÇARAI: de rio do acará ou cará ACARAI, ACARAÚ: rio das garças ACAUÃ: língua tupi; ave que mata as cobras e sustenta com elas seus filhotes. ACEMIRA: o que faz doer, o que é doloroso ACUTI, ACUTIA, COTIA: nome de uma taba indígena que existia onde é, hoje, a capital de Santa Catarina no lado continental; nome dado pelos guaranis ao animal roedor, conhecido vulgarmente por cutia. ADJULONÁ: assobios de folhas de buriti, entre os índios Carajás AÊ: amigo AÊTÉ, ANÊTE: elevado, elevadíssimo AGUANIRANGA: bracelete com penas AGUAPÉ, AWAPÉ: redondo e chato, a vitória-régia, plantas que flutuam em águas calmas AGUARACHAIM, GRACHARIM: de o devorador ágil ÃÎA (T-, R-, S-): t-ãîa ou anha dente; xe r-ãîa - meu dente; s-ãîa - seu dente AICÓ OU ECÓ OU ICÓ: ser, estar, viver / muitos casos não precisa empregar o verbo, exemplo xe catu (eu bom), está implícito eu sou bom. AIMARA: árvore, araçá-do-brejo AIMARÁ: túnica de algodão e plumas usada principalmente pelos guaranis. AIMIRI, AIMIRIM: formiguinha AIPIM: de raiz enxuta, mandioca mansa AIRUMÃ: estrela-dalva AIRY: uma variedade de palmeira AISÓ: formosa AÎTATAKA: bater o queixo de frio AÎUBA: maduro (fruto amarelo) AÎUBYKA: enforcar AIYRA: filha AJUÁ: fruta com espinho AJUCÁ: Festa de Jurema, entre os indígenas AKÃÍ: gravetos AKAÎU: caju, ano (os índios contavam anos, tomando como base o aparecimento do cajú) AKAÎUI: vinho de cajú AKAÎUTI: castanha de cajú AKANGATU: memória, lucidez, inteligência AKITÃI, AKIITÃI, IRAKITÃ OU MUIRAKITÃ: baixo, baixa estatura AKUB (R-S-): quente xe r-akub - eu estou quente; s-akub - ele está quente; itá-akub - a pedra quente AMANA OU AMANDA: chuva AMANACI OU AMANACY: a mãe da chuva AMANAIARA: a senhora da chuva ou deusa da chuva; de amana (chuva) + iara AMANAJÉ: mensageiro AMANARA: dia chuvoso AMANDY: dia de chuva AMAO: personagem divina que ensinou aos indígenas camanaos, do Rio Negro, Amazonas, o processo de fazer beiju, tapioca e farinha de mandioca. AMARY: uma espécie de árvore AMATIRÍ OU AMÃTITI: raio, corisco AMBERÉ: lagartixa AMBÛÁ: centopéia AMERÊ: fumaça AMI: aranha que não tece teia, espremer AMÓ RUPI: ao contrário, às avessas ÁMO: algum AMONGÛY: emplumar o corpo de AMOPIRA: precipício AMOSOBAINDABA: o outro lado do rio, a outra margem AMUARA: algum dia AMUNDABA: aldeia vizinha, arrebalde AMYIPAGÛANA: antepassado AMYNIÎU: algodão AMYRI: finado, defunto (forma afetiva) ANACÊ: parente ANAJÉ: gavião de rapina ANAMA: família, parente, raça, nação / anama grosso, espesso ANAMÍ: uma espécie de árvore ANÃMIRI: anão, duende AÑARETÁ: inferno ANAUÊ: salve, olá ANDUBA: (verbo) perceber, sentir ANEQUIM: de espécie de tubarão ANGÁ: expressão de surpresa agradável bom!, que bom! ANGABA: exprime compaixão (coitado!)? ANGATU: alma boa, bem estar, felicidade ANGU: de papa de farinha ANGÛERASO: espantar, atemorizar, aquilo que apavora ANHÃI: na ponta, no cabo ANHANA: expelido, empurrado ANHAPOÃ: presas, dente canino ANHIMA: de a ave preta ANHÓ: só, somente ANHUBANA: abraçar ANHURI: colo, estreito no meio ANINGA: arrepio, arrepiar-se ANOMATÍ: além, distante ANONGA: agourar, prognosticar ANTÃ: forte, ágil, esperto ANU: de o aparentado AOBA: roupa AONDÊ: coruja APAMONAMA: misturar, remexer APATUIÁ: secar APEARÕ: entocaiar, esperar escondido APEASABA: pontilhão, passarela APECATU: o bom caminho APECU, APECUM, APEKU (APICU, APICUM): mangue, brejo de água salgada (à borda do mar), croa de areia feita pelo mar APEÎARA: guia (conhecedor dos caminhos) APEK (S): sapecar, chamuscar, queimar ligeiramente APENUNGA: onda APEOKA: descascar, desentortar APEPU: som de coisa oca APEPÛERA: casca de concha APERERÁ: raso, igual, tosado APETEREI: de rio do meio APIÇÁ: atenção APICHAI: crespo, enrugado APÓ (S-R-S): s-apó raiz; xe r-apó - minha raiz; s-apó - raiz dele APOENA: aquele que enxerga longe APUAMA: que não para em casa, veloz, que tem correnteza APUAVA, PUAVA: de o saltador APUÉ: longe, distante APYRYTÁ: armação de cumeeira APYTAMA: feixe, molho, ramalhete AQUÍRI: perna AR: cair ARA: dia, luz, tempo, clima, nuvem, hora, nascer ARÁ: papagaio / aracema bando de araras, papagaios (periquitos, jandaias) ARABÉ: barata, besouro ARACATU: bom tempo; de ara (dia, tempo) + catu ou katu (bom) ARACÊ: aurora, o nascer do dia, o canto dos pássaros (pela manhã) ARAÇÓIA: saia de plumas de ema que os índios usavam ao redor da cintura em certas cerimônias. ARACU: na astronômia indígena do Amazonas é o grupo de estrelas que forma a empunhadura da espada do Orion na constelação de mesmo nome. ARACUAM, ARAQUAN: de o papagaio esguio ARAGUARI: este nome aparece assim grafado em antigos mapas Lecori, Ancori, Lencori, Araracari, Aracori, Araquari, penso que a grafia mais exata é a última. Temos então ara (papagaio), quara (buraco, esconderijo) e Y (água, rio), rio do esconderijo dos papagaios. ARANI: tempo furioso ARAPARI: o Cruzeiro do Sul, para as tribos indígenas do Rio Solimões ARAPONGA: do papagaio que soa estridente ARAPUÃ: abelha redonda ARAPUCA: de colher aves, armadilha para aves, construindo numa pirâmide de gravetos de pauzinhos ou lasca de bambu. ARARÁ: variedade de formiga ARARAMA, ARARUAMA, ARATAMA: terra dos papagaios ARARANGUÁ: este nome aparece pela primeira vez no mapa de Clemente Jough (1640) grafado Aremangar e depois, em outros, Ararariga, Aranga, Areronger, auronga, Araranga, Jerongoa, etc. Vem, pois, de Arara espécie de papagaio e gua ou goá, vale baixada, bacia. Logo vale dos papagaios. ARARAPARI: é a enxó indígena ARARÊ: amigo dos papagaios ARASY: estrela dalva, madrugada ARATACA: de armadilha de papagaio ARATINGAÚBA: de árvore do papagaio branco ARATINGUÁ: de papagaio de bico redondo ARAÚNA OU ARARÚNA: ave preta ARÉ: o Noé dos indígenas Tupi-Guarani AREBÁ: demora AREBO: cada dia ARETÉ: dia festivo ARI, ÁRY: em cima, acima ARIOCA: de casa, ninho de sapo ARIRIU, ARIU, IRIRIU: de rio da ostra AROEIRA: de árvore velha AROUI: de rio do sapo ARU-APUCUITÁ: remo de aru, assim chamavam os indígenas do Rio Negro. ARUÇA: de caranguejo ARURU: tristonho ASAB (S): atravessar, cruzar ASEMA: grito, gritar, gritador ASSURINI: tribo pertencente a família lingüística tupi-guarani, localizadas em Trocará, no rio Tocantins, logo abaixo de Tucuruí (PA). ATAENDY: chama ATAENDYURU: castiçal, lamparina ATAGÛASU: fogueira ATAÎRU: companheiro de viagem ATAUÚBA: flecha incendiária, foguete ATI: gaivota pequena ATIAÎA: raio de luz, que reflete luminosidade ATIATI: gaivota grande ATURASÁ: branco que casava com índia AUAIÚ-AIAPÉ: bate-pé AUÇÁ: de caranguejo AUPABA: terra de origem AÛSUB (S): amar / saiçú, uaçaiçú amar / moraussuba amar os outros, amor, afeto; do tupi poro ou moro (prefixo) + aussuba (amar) / joaussuba amarem-se (uns aos outros); do tupi jo (prefixo) + aussuba (amar) AWA: redondo AYMBERÊ: lagartixa AYTY: ninho A letra b tem sempre o som nasal, próximo a mb, principalmente no meio das palavras. as consoantes são bastantes dúbias e confusas, principalmente o p, o b e o m. exemplos: Burity, Murity, Maranã, Paranã, Biri, Piri (de peri o junco), são palavras que se confundem, geralmente. BÁ: pleno, cheio BABACUTAIA: vida aracanguira BABAKA: virar, voltar-se, revirar; retorcido, a vulva BABAQUARA: tolo, aquele que não sabe de nada, também morador do refúgio BABITONGA: este nome vem escrito, Bapitanga pela primeira vez no mapa de Pere Coronelli em 1648. Nos seguintes Bepitanga, Pepitanga, Babytonga, etc. Teceram sobre ele histórias e lendas mas na minha opinião este nome provém da ilhota Itapitanga. De ita pedra e pitanga vermelho. Logo pedra vermelha. BABUI: de palavra híbrida be bambu e Y rio do bambu. BACOPARI: de depósito dágua BACUCU: de espécie de marisco BACUPARI OU BACURI: de ybá ou yba (fruta de árvore) + cury, fruto apressado, amadurece rápido... BAGUAÇU: de fruto grande BAGUAL: do que é mortal BAIACU: do bicho quente BAÍRA: entidade civilizadora dos indígenas parintintins ou cauaiuas, do rio Madeira, no Amazonas, de raça tupi. Ensinou a pesca com sangab (visco). BAMBAE: o que é torcido BANGA: torto, virado BAPO OU MBARAKA, MARACÁ, MARAKÁ, MARACAXÁ, XUATÊ: cascavel; chocalho usado em solenidade; que imita o maraká, barulhento BAQUARA, BIQUARA OU MBAEKWARA, NHAMBIQUARA: sabedor de coisas, esperto, sabido, vivo BARAUNA: de madeira preta BATARRA: grande, forte BATINGA: de madeira branca BATOQUE: pedra de beiço, ou cilindro de pau, pedra resina, que os indígenas colocavam no lábio inferior. BATOVI OU BATUI: de rio da cana verde BAU, EMBAU, MBAU: de oco, vazio; de rio oco BEBÉ: voar BECUIVA: de árvore de fruto quente BEIJÚ: de bolo de mandioca torrada, o enroscado BEÎU: pão, bolo. BERAB OU BERABA: brilhar, resplandecer; brilhante; resplandecente BERIMBAU: de morro furado BIAÇA: lê-se este nome pela primeira ver em Hans Staden, no mapa de Clemente de Jonghe (1640), designa o porto da Laguma. Nos seguintes lemos Ibuasup, biassa Ibiaçá e Birasuera vem de Mbê ou pê caminho, trilho, Açaba ou Aça atravessar, cruzar. O passo, o porto. BIBOCA: de lugar, casa acanhada, casa de barro, moradia humilde BIRAQUERA, IBIRAQUERA, VIVAQUERA: de dormida do peixe BITUVA, EMBETUBA, IMBITUBA: lugar de muita planta, trepadeira BÔCA: de um buraco no chão, para jogar bolinha de gude, furo BOCAINA: de entrada do mato BOIPATIBA: deve ser o atual Mampituba que nos mapas antigos vemos assim escrito Iboipitinni, Ibepetuba, Iboipitinhi, Iboypetinhi vem de Mboi cobra, peti casca, escama, tin ou tinga branco e y agua, rio. Logo rio da cobra de escama branca. BORA: particípio; indica contrariedade BORÉ: flauta de osso / teró flauta de taquara / mimby, toré flauta BOTIÁ: de variedade de coco muito comum no litoral catarinense BOTIÁTUBA: de lugar de muito coco botiá BOTUCA, MUTUCA: de a mosca que perfura, ou aguilhoa, mosca que ataca os animais BRACATINGA: de árvore de folha branca BREJAUVA: de árvore cujo o fruto abre BRUACA: de saco de couro, cesto de erva (mulher velha?) BUCARAIM: de rio da cobra escamosa BUCICA: de cão pequeno BUCUI: de rio da areia fina BUGRE: denominaçao dada pelo povo aos selvicolas. Julga o Ilustrado P. Teschaner que este vocábulo provém da antiga palavra francesa Bougre que significava sodomita. BUIAGU: de terra quente BUPEBA: de terra plana, planície BYR: levantar-se, erguer-se CAA, CAÁ, KAA, KAÁ: mata, mato, folha, planta / kaagwy mata, bosque, floresta
Posted on: Wed, 06 Nov 2013 22:54:59 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015