Tenho ouvido muitos depoimentos via FB acerca da insegurança pública em Fortaleza. Ontem li um relato contundente de Nut Pereira e vi imagens e texto postados por Beatriz Furtado. Muitos de nós já sabemos. A violência ultrapassa a linha de pobreza. Ela é parte, controvertidamente, da forma em que o próprio Estado, com suas políticas públicas baseadas na lógica da guerra, da vingança, do medo e da punição age para "conter" a violência. Estamos enredados num labirinto, aparentemente, sem portas nem janelas. Isso se inscreve nas escolas, nos postos de saúde, dentre outros e, principalmente, na Sec. de Segurança Pública. Vale lembrar que para além do Estado estamos imersos nessa dinâmica de ver e viver o mundo. Precisamos reeditar outras sensibilidades, posturas e atitudes. Isso significa conspirar formas outras de governar e criar potentes teias de micropoderes. E eu vejo isso daqui. Nos acampamentos do #OcupeOcocó, nas manifestações nas ruas, e mesmo no "Fortaleza Apavorada". Qualquer forma de se cruzar o enclausuramento passivo e asfixiante dos espaços fechados é pulsão de vida. Isso, infelizmente, leva tempo. São muitos os interesses que movem essa guerra sem fim. A resposta está em continuar ocupando as ruas. Em tecer coletivos onde o terror se instala. Não desistamos! Mesmo que as armas mirem na direção das nossas forças. Sigamos muitos, em multidão.
Posted on: Sun, 08 Sep 2013 12:43:22 +0000
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