Terror em Moçambique Há que ter em conta, que apesar de nos últimos anos se assistir ao surgimento de Mega-Projetos e a um acelerado desenvolvimento de infraestruturas em várias vertentes, constatamos que são aos milhares, jovens moçambicanos formados a “chutarem latas”, cidadãos esclarecidos em idade ativa que engrossam o exército de desempregados. Se por um lado, considerarmos que a penúria em que se encontra a maior parte da população é traduzida pela opulência de alguns de permeio à miséria de muitos, se atendermos ainda que a impunidade, a corrupção generalizada, a ineficácia dos órgãos do poder em esclarecer crimes de colarinho branco, e o uso da força para conter reivindicações justas são sintomáticos de uma sociedade em degradação que contraria os “slogans” de erradicação de pobreza, e que simplesmente surgem como metas traçadas para que o país figure nas estatísticas do cumprimento dos Objectvos de Milénium. Se por outro, atendermos que a crescente migração de pessoas de vários quadrantes em busca de melhores oportunidades, face as “recentes descobertas” de recursos, a reconhecida hospitalidade das nossas gentes, a facilidade de inserção no mercado, a notória fragilidade das autoridades migratórias, e o ineficiente controlo fronteiriço, permeabilizam a entrada maciça de gente intencionada e honesta e também toda estirpe de indivíduos, ávidos de enriquecimento rápido. Desde ocidentais desonestos e racistas, à asiáticos sem escrúpulos, mafiosos dos Grandes Lagos, piratas do Corno de África e toda uma série de biltres da pior índole. Poderemos concluir então, que estas são as premissas que serviram como incubadora para o surgimento deste fenômeno de criminalidade, que se traduz pela onda sistemática de sequestros jamais pensado que surgiria em Moçambique. E que criam vitimas gera incertezas e adiam sonhos de gerações há muito sacrificadas.
Posted on: Sat, 09 Nov 2013 08:23:06 +0000
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