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Trazida por Marcus Sampaio ORÇAMENTO É COISA MUITO SÉRIA! O Estado Brasileiro vem comprometendo parcela significativa do bolo orçamentário com os credores da dívida pública, bem como tem mantido a taxa de juros básica em patamar elevado, comparativamente as taxas de juros de outros países. Tendo como efeito colateral o encarecimento do processo de rolagem da dívida pública. O fato é que em média ao longo desta década, a cada ano, praticamente METADE das despesas orçamentárias da União são "despesas financeiras". Não é difícil perceber que a lógica de subordinação financeira e de manutenção de uma política monetária, que pretende controlar a inflação tendo como instrumento fundamental a manutenção de uma taxa de juros básica elevada, e de uma política de "austeridade fiscal", que se pauta no estabelecimento de metas de superávit primário, com objetivo de assegurar a "solvência" do Estado perante os credores. Lamentavelmente, têm permitido a massiva transferência de recursos do orçamento da União, através da variável dívida pública, para as esferas de acumulação financeira. Portanto, são políticas em conformidade com os interesses hegemônicos da bancocracia/sistema financeiro e em oposição as políticas de "bem-estar social". Assim, prevalecem limitações severas para os gastos sociais e de investimentos, mantendo-se uma equação injusta no fatiamento do bolo orçamentário, o que leva as políticas públicas com efeitos distributivos a ficarem em segundo plano (relativamente invisíveis do ponto de vista orçamentário). Entrementes, os impostos que a sociedade paga, ao invés de se reverterem em benefícios sociais, são transferidos em parcela considerável para o sistema financeiro. Isto de um lado corrobora as limitações orçamentárias para gastos sociais e de investimento e, por outro lado, realimenta o sistema de creditício, favorecendo o sobre-endividamento das famílias. Deste modo, em face do baixo poder de compra dos salários da maioria da população brasileira, as famílias tendem a recorrer ao "crédito fácil", subordinando-se igualmente a lógica de acumulação financeira, tal qual fez o Estado (porém, este, em conformidade com patenteados interesses). Dados da STN: www3.tesouro.fazenda.gov.br/
Posted on: Wed, 19 Jun 2013 02:18:41 +0000

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